Economia

Contas fecham setembro no vermelho, mas é o melhor resultado em 4 anos

No mês passado, as contas ficaram negativas em R$ 20,372 bilhões

Contas fecham setembro no vermelho, mas é o melhor resultado em 4 anos

Brasília – Com a ajuda dos dividendos de bancos públicos, o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) obteve, em setembro, o menor déficit primário em quatro anos. No mês passado, as contas ficaram negativas em R$ 20,372 bilhões. O resultado foi 14% melhor que o do mesmo mês do ano passado, já descontada a inflação oficial pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Para meses de setembro, o resultado foi o melhor desde 2015, quando o Governo Central tinha registrado déficit de R$ 7,182 bilhões. Nos nove primeiros meses do ano, o Governo Central acumula déficit primário de R$ 72,469 bilhões. Esse é o melhor resultado para o período desde 2015 (déficit de R$ 24,564 bilhões).

O déficit primário é o resultado negativo nas contas do governo desconsiderando o pagamento de juros da dívida pública.

O Orçamento Geral da União deste ano prevê déficit primário de R$ 139 bilhões. Para alcançar essa meta, o governo teve de contingenciar (bloquear) R$ 30 bilhões do Orçamento no fim de março. Nos últimos meses, a equipe econômica liberou recursos, graças aos dividendos de estatais e a recursos do petróleo. O total contingenciado em outubro estava em R$ 17,111 bilhões.

Previdência

A Previdência Social registrou déficit recorde de R$ 165,254 bilhões de janeiro a setembro. O déficit foi parcialmente compensado pelo superávit de R$ 93,166 bilhões do Tesouro Nacional. O Banco Central teve déficit de R$ 381 milhões, resultando no superávit primário de R$ 72,469 bilhões do Governo Central acumulado do ano.