Cotidiano

Coluna Bandeirada do dia 19 de outubro de 2018

Stock Car está confirmada em Londrina

Apesar do forte temporal de quarta-feira em Londrina, que causou alguns danos estruturais no Autódromo Ayrton Senna e destruiu praticamente toda a estrutura montada para a organização da prova, a Stock Car está confirmada para domingo na Capital do Café. A direção da Vicar, promotora da Stock Car, montou uma força-tarefa para armar o “circo” novamente. O evento será realizado normalmente neste fim de semana. Também está confirmada a etapa da Stock Light.


Gatti, Lagarto, Voigt e Ebbers ganham o Troféu Moura Brito

Rubens Gatti, na categoria Incentivador; Osmar “Lagarto” Sorbara, na Preparador; e Ricardo Augusto “Meningite” Voigt, na categoria Piloto, são os premiados do Troféu Moura Britto em 2018. Também houve uma homenagem especial póstuma ao preparador e ex-piloto Affonso Eberhard Ebbers, de Curitiba.

A solenidade, seguida de coquetel, foi quarta-feira à noite no Graciosa Country Clube, em Curitiba, e prestigiada por mais de uma centena de personalidades do automobilismo paranaense, entre pilotos, ex-pilotos, dirigentes, preparadores, imprensa e autoridades da capital paranaense.

Rubens Gatti, de Rolândia, destacou em seu discurso que compartilha o Troféu Moura Brito com os colaboradores da Federação, pilotos e clubes que fazem com que a Federação do Paraná seja uma das mais atuantes do Brasil, com um automobilismo pujante.

Rubens Gatti

O Troféu Moura Brito, categoria Incentivador, em 2018 vai para Rubens Maurílio Gatti, presidente da Federação Paranaense de Automobilismo (FPrA).

Rubens Gatti é engenheiro elétrico e está prestes a completar 40 anos de atuação no esporte motor. De 1980 a 1983, Gatti competiu no kart e no autocross; de 1984 a 1986, foi diretor técnico do Kart Clube do Café, de Rolândia; de 1986 a 1992, presidente do Kart Clube do Café, de Rolândia; de 1992 a 1994, comissário técnico da Federação Paranaense de Automobilismo; em 1995, foi diretor técnico da Federação Paranaense de Automobilismo; de 1996 a 2001, foi diretor de competições da Federação Paranaense de Automobilismo; de 1995 a 2008, membro da Comissão Técnica do GP Brasil de Fórmula 1; de 2001 a 2018: presidente da Federação Paranaense de Automobilismo; de 2009 a 2016, presidente da Comissão Nacional de Kart (CNK-CBA); e de 2010 a 2016, presidente do Departamento de Kart da Codasur (Confederação Sudamericana de Automobilismo).

Lagarto

A premiação da categoria Preparador faz jus a Osmar Sorbara, o Lagarto, como é conhecido. Ele nasceu no dia 28 de dezembro de 1952, em Londrina. Reside em Cascavel desde 1960. Casado com Maria Terezinha Sorbara, pai de duas filhas, tem quatro netos e uma bisneta.

Lagarto iniciou no automobilismo ainda jovem. Em 1966, começou a atuar como ajudante de mecânico da revenda Simca do Brasil, em Cascavel, dos sócios Adorival Pian, e os irmãos Arvilho, Lauri e Osmar Sonda. Ainda em 1966, já como assistente do mecânico, Nelson prepara a Simca da dupla Reinaldo Campagnolo/Jaci Pian para a corrida 300 Milhas de Cascavel, realizada no dia 4 de dezembro. Em seguida, preparou a Simca de Jaci Pian para a 2ª Grande Prova Rodovia do Café, realizada no dia 18 de dezembro de 1966. A corrida foi entre Curitiba e Londrina, ida e volta, totalizando 800 quilômetros. Jaci foi o quinto colocado na categoria e nono na Geral, entre os 45 participantes.

Em 1967, já com mais experiência, Lagarto assumiu a preparação da Simca Chambord de Jaci Pian para a prova 500 KMs de Cascavel, realizada no dia 11 de junho. Jaci se sagrou vencedor, completando os 500 KMs em 4h43m. Ainda em 1967, preparou o Simca Carreteira de Jaci Pian para a 1ª Cascavel de Ouro, realizada no dia 15 de novembro, disputada em 400 milhas. Jaci liderou as duas primeiras horas da prova, quando teve problemas com o pescador de combustível.

Em 1968 preparou o Simca Carreteira de Jaci Pian para as 2 Horas de Curitiba, quando Jaci terminou entre os primeiros colocados.

Em 1969, preparou o Simca Carreteira de Jaci Pian para a prova de inauguração do Autódromo Internacional de Cascavel, realizada no dia 16 de novembro, levando Jaci à pole position.

Entre 1970 e 1972, os parceiros Osmar Sorbara e Jaci Pian estiveram em inúmeras provas em Cascavel, Laranjeiras do Sul, Guaraniaçu, Guarapuava, Joaçaba e Curitiba, sempre com bons resultados.

Em 1975, trabalhou com Valdir Favarin na Divisão 4, com uma Manta, conquistado o título do Campeonato Brasileiro, com um segundo e um terceiro lugar na etapa de São Paulo, depois de vencer a etapa de Tarumã, no Rio Grande do Sul; um segundo lugar em Cascavel; um segundo em Goiânia; e um terceiro em Brasília.

Nos anos de 1976, 1977, 1978 e 1979 Lagarto trabalhou nos Fórmula Volkswagen, com Pedro Muffato

Já década de 80 levou Sérgio Pacheco a vários títulos paranaenses de Divisão 3, duelando com Pedro Lecheta, em uma das maiores rivalidades já existente no automobilismo paranaense.

Ainda na década de 80, passou a trabalhar com Pedro Muffato, inicialmente com um Supervê, seguindo para o desenvolvimento do Fórmula 2, já com o motor á álcool. Todo o trabalho levou a fabricação do chassis Muffato, projeto desenvolvido por Pedro Muffato, em parceria com o argentino Orestes Berta. Este carro fabricado em Cascavel foi o ponto de partida para a Fórmula 3, categoria de enorme sucesso na América do Sul, e na qual nosso homenageado também trabalhou com pilotos do quilate de Helio Castroneves, Tom Stefani, Ananias Justino, Laércio Justino, Ricardo Zonta, Bruno Junqueira e outros.

Já na Fórmula Ford, trabalhou José Cordova, também nos anos 80, um dos mais técnicos pilotos do Paraná.

Nas décadas de 1990/2000/2010, Lagarto trabalhou nas provas dos Campeonatos Regionais e Paranaense de Marcas, contribuindo com seu conhecimento para o desenvolvimento da categoria, sempre com bons resultados com pilotos como Luiz Fernando Pielak, Cleves Formentão, Gelson Veronese, Leandro Zandoná.

Nos anos de 2013 e 2014, sagrou-se bicampeão do Regional de Marcas, categoria N, com o piloto Cleber Fonseca.

Na arrancada levou Flamarion Zacchi ao título brasileiro já na década de 90.

Lagarto tem 52 anos de história e bons serviços prestados ao automobilismo paranaense e brasileiro.