Cotidiano

Cascavel terá Centro de Apoio ao Surdo

A partir de janeiro de 2019 Cascavel começa a ser referência regional em mais uma área. Ela passa a contar com um CAS (Centro de Apoio ao Surdo e aos Profissionais da Educação de Surdos). O Centro vai funcionar no Colégio Estadual Itagiba Fortunato, no Bairro Brasília, e será voltado à capacitação de profissionais que trabalham com a educação de deficientes auditivos, como tradutores e intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) e professores surdos e ouvintes.

“Os cursos ofertados no centro serão direcionados aos profissionais da rede estadual, mas qualquer profissional ou pessoa que tenha formação em libras pode ter acesso também. O centro vai capacitar e certificar esses profissionais”, explica a coordenadora do centro de Educação Especial e Inclusão do NRE (Núcleo Regional de Educação) de Cascavel, Maria Regina Tomadon.

O CAS será referência também para os Núcleos Regionais de Assis Chateaubriand, Cascavel, Foz do Iguaçu e Toledo que atendem juntos 2.731 pessoas. “O centro trará muitos benefícios para a comunidade, já que os profissionais terão todo apoio que precisarem e assim farão um trabalho melhor em sala de aula. Além disso, a implantação do Centro aqui vai fazer com que muitos mais intérpretes profissionais sejam certificados, o que até agora exigia que os interessados fossem aos centros de Curitiba ou Guarapuava, o que era caro e complicado também”, acrescenta Maria.

Ainda segundo o NRE, a equipe que vai atuar no CAS será formada por profissionais que já atuam na rede estadual. Os nomes ainda não foram definidos, mas serão necessários uma coordenadora, que precisa ser concursada, dois professores surdos e dois intérpretes, esses podem ser profissionais contratatos pelo sistema PSS (Processo Seletivo Simplificado).

 

Mãe/professora comemora

A notícia da implantação do CAS em Cascavel é comemorada em dose dupla pela professora Clescir Gonzatto, que, além de atuar como intérprete em dois colégios da rede estadual, tem um filho deficiente auditivo. “Eu falo a língua de sinais desde quando meu filho Andryon era pequeno. Mas há três anos consegui a certificação e agora atuo como intérprete. Ter o CAS aqui perto vai trazer muitos benefícios para nós, profissionais, que vamos ter acesso a capacitação e melhorar nosso trabalho. Mas quem vai ganhar mesmo são os alunos, assim como meu filho, que frequenta o ensino fundamental. Os pais dos alunos também vão aproveitar essa melhoria havendo uma comunicação mais direta entre professor e aluno”, comemora Clescir.

Ela cita ainda que, com o Centro mais perto, o número de intérpretes com certificação e aptos para atuar deve aumentar de forma considerável no Município e em toda a região.