Cotidiano

Campanha pretende unir forças na guerra contra a dengue em Cascavel

Foto:Divulgação
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Cascavel – Uma concentração no Ecopark Morumbi, às 8h de segunda-feira (27), marcará o início de uma campanha que pretende envolver a sociedade cascavelense numa verdadeira guerra contra o avanço da dengue. A meta é eliminar o maior número possível de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, e evitar uma epidemia.

Na manhã de ontem (23), uma reunião na prefeitura discutiu os detalhes das ações que envolverão, além de secretarias e órgãos de governo, o Exército e o IAP (Instituto Ambiental do Paraná).

O prefeito Leonaldo Paranhos disse que um decreto será publicado para que os agentes possam entrar, inclusive, em casas fechadas ou abandonadas para promover ações. “É uma guerra mesmo”, sintetizou.

Diferente das ações desencadeadas ano passado, desta vez a prefeitura não irá promover a retirada de materiais e entulhos, apenas limpar terrenos baldios por meio de roçadas. No ano passado, foram recolhidas 44 mil toneladas de entulhos. Agora, a proposta é envolver a população no combate ao mosquito, inclusive com a participação das associações de moradores.

José Carlos Costa, o Cocão, gestor do Território Cidadão, destaca que a população precisa atender ao chamado e participar da ação de sensibilização. “Nós precisamos ter essa preocupação. Sabemos que o índice de infestação está muito alto em Cascavel e, para não entrarmos numa situação de epidemia, estamos fazendo essa ação, mobilizando a prefeitura e a sociedade para uma ação que realmente possa sanar essa situação”.

O secretário de Meio Ambiente, Wagner Yonegura, disse que os terrenos com mato alto e sujeira – que viram criadouros do mosquito – serão notificados e os proprietários multados. “Será promovida a limpeza no local, o corte do mato, não o recolhimento do lixo”, ressalta.

 

Sensibilização

A gerente da Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental, Ana Paula Barbosa, lembra a intenção é sensibilizar a população antes que haja uma epidemia de dengue, “porque, quando se instala uma epidemia no município, o caos se instala junto”.

As ações são justamente para que a epidemia não chegue: “Já temos vários municípios no entorno de Cascavel com epidemia e nós podemos evitar, com a colaboração de toda a população, que essa epidemia chegue ao nosso município”.

 

Campanha de mídia

Paralela às ações que serão desenvolvidas em campo, uma campanha de mídia pretende impactar os moradores para que participem das ações. Carro de som com mensagens personalizadas para cada região estarão percorrendo os bairros. Placas de alertas e cartazes serão espalhados em escolas, unidades de saúde e comércio de uma forma geral. A campanha também usará redes sociais, rádios e TVs para alertar a população sobre os riscos e orientar sobre as medidas de prevenção.

A região norte foi escolhida para o início das ações por ter concentrado a maior infestação (11,6%) no primeiro LirAa (Levantamento de Índice Rápido Amostral por Aedes aegypti) de 2020. Na média, o índice em Cascavel ficou em 5,2%, cinco vezes o preconizado pelo Ministério da Saúde e considerado de alto risco.