Educação

Brasil enviou mais de 12 mil estudantes para a Austrália

“As políticas para a educação ao intercambista vêm de um pensamento de que o conhecimento é um fator multicultural”

Brasil enviou mais de 12 mil estudantes para a Austrália

Em 2019, a Austrália recebeu mais de 130 mil estudantes, de 141 países, que migraram para o país com o objetivo de aprender o idioma inglês. Do Brasil, foram 12 mil intercambistas. Esses indicadores consolidaram o território australiano como a terceira maior região procurada internacionalmente para aprendizagem da língua inglesa, ficando atrás somente dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Parte desse crescimento vem das políticas governamentais em prol da educação e do intercâmbio. “As pessoas ingressantes em algum dos Cursos Intensivos de Língua Inglesa para Estudantes Estrangeiros [Elicos, na sigla internacional] podem solicitar vistos diretamente com o governo federal australiano, além de terem demais direitos garantidos por legislações locais”, explica o conselheiro de Educação da Embaixada da Austrália, Mathew Johnston.

Em particular, a Lei de Serviços Educacionais para Estudantes Estrangeiros (Esos) estabelece os requisitos para garantir a qualidade das instituições de ensino que oferecem cursos para intercambistas com visto estudantil, além da proteção da matrícula ao estudante internacional.

O país também conta com cinco tipos de ensino diferentes do inglês. O inglês em geral é focado para o aprofundamento do idioma, com cursos de duração mais extensa, já o inglês para fins acadêmicos é dedicado aos estudos em uma universidade ou instituto profissionalizante.

Para quem deseja ministrar aulas, tem o inglês para ensino, enquanto a opção de preparação para exames é dedicada aos exames de proficiência na língua inglesa, como IELTS, TOEFL, TOEIC ou o Cambridge First Certificate. Por fim, o Study tour é pensado para quem deseja tirar umas férias curtas e aprender sobre o idioma.

“As políticas para a educação ao intercambista vêm de um pensamento de que o conhecimento é um fator multicultural”, complementa Mathew. “As pesquisas de satisfação que realizamos com os estudantes apontaram que 90% desse público está satisfeito com a sua experiência aqui na Austrália, destacando a qualidade do ensino e a segurança, dois dos principais fatores que implicam na sua escolha para virem até o nosso país”.

Novas bolsas

Com o objetivo de atrair mais público interessado no aprendizado internacional, o Northern Territory (Território do Norte) da Austrália abriu novas bolsas de estudo. São três modalidades de bolsas: para cursos de inglês, no valor aproximado de R$ 15 mil (AUD 5,000, em dólar australiano); cursos técnicos, a partir de R$ 22 mil (AUD 7,500) e ensino superior, por volta de R$ 36 mil (AUD 12,000).

Os interessados podem saber mais informações no site oficial: https://studynt.nt.gov.au/study/scholarships-and-grants/australias-northern-territory-scholarships.

Governo australiano tem plataforma de bolsas internacionais

Para quem deseja ingressar à Austrália com o objetivo de estudo, o governo federal australiano criou uma plataforma onde centraliza todas as oportunidades de bolsas, sejam elas para cursos de idioma, técnicos, de graduação ou pós-graduação (mestrado ou doutorado). Trata-se do site Study in Australia (StudyInAustralia.gov.au). Com ele, o interessado também pode conhecer as instituições de ensino envolvidas e os requisitos de cada processo seletivo.

Brasil se tornou o quarto país que mais enviaram alunos para o território australiano. No comparativo com a América Latina, o Brasil é líder em parcerias com a Austrália, com destaque à atuação científica – resultados acadêmicos vêm aparecendo nas áreas de medicina e ciências médicas, ciências biológicas, física e engenharias.

“Existem mais de 2,5 milhões de ex-estudantes internacionais que seguiram em frente para fazer a diferença depois da vida acadêmica na Austrália. Todos os dias, 1 bilhão de pessoas em todo o mundo dependem das descobertas e inovações que nasceram no território australiano, como a penicilina, a fertilização in vitro, o ultrassom e a Wi-Fi”, relata Mathew, complementado: “A pessoa que deseja ter a vivência internacional na Austrália pode se preparar para quatro coisas: uma educação de qualidade, um ambiente seguro e acolhedor, um bom estilo de vida e uma base sólida para a sua entrada no mercado de trabalho”.