Economia

BC surpreende e reduz juros para 6% ao ano

A decisão surpreendeu os analistas financeiros, que esperavam corte de 0,25 ponto.

BC surpreende e reduz juros para 6% ao ano

Brasília – Pela primeira vez em um ano e quatro meses, o BC (Banco Central) diminuiu os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Copom (Comitê de Política Monetária) reduziu a taxa Selic para 6% ao ano, com corte de 0,5 ponto percentual. A decisão surpreendeu os analistas financeiros, que esperavam corte de 0,25 ponto.

Com a decisão de ontem (31), a Selic atinge novo patamar histórico, no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986. De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano e passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Em outubro de 2016, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até 6,5% ao ano, em março de 2018. Desde então, a taxa não tinha sido alterada.

Em comunicado, o Copom reiterou a necessidade de avanços nas reformas estruturais da economia brasileira para que os juros permaneçam em níveis baixos por longo tempo. “O Copom reconhece que o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado, mas enfatiza que a continuidade desse processo é essencial para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia”.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação.


Fed corta juros pela 1ª vez desde 2008

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou nessa quarta-feira (31) a redução da taxa básica de juros nos Estados Unidos. A autoridade monetária diminuiu os juros em 0,25 ponto porcentual, descendo a taxa para a faixa entre 2% e 2,25%. É a primeiro corte efetuado pelo Fed desde a crise de 2008.

Todos os dirigentes do Fed, à exceção de Esther George, do Fed de Kansas City, e Eric S. Rosengren, do Fed de Boston, foram favoráveis ao movimento.

A avaliação sobre o panorama atual nos EUA retrata um aumento “moderado” da atividade econômica, ganhos “sólidos” de emprego e uma taxa de desemprego “baixa”.