Cotidiano

Banco Central prevê inflação de 6,5% este ano, no teto da meta

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BRASÍLIA – O Banco Central acredita que vai cumprir a meta de inflação neste ano, segundo o relatório trimestral de inflação divulgado nesta quinta-feira. A expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado oficialmente no sistema de metas, passou de 7,3% para 6,5% ? exatamente no teto do limite estabelecido. Para o ano que vem, a estimativa saiu de 4,4% para 4,4%.

Por outro lado, a autarquia reduziu a previsão para o crescimento do ano que vem. A aposta caiu de 1,3% para 0,8%. Já para este ano, a expectativa de recessão passou de 3,3% para 3,4%.

Um dia antes da divulgação do relatório, o IBGE divulgou que o IPCA-15 ficou em 6,58% em 2016. E indicou que a inflação deve ficar em torno do teto da meta para este ano, que é de 6,5%. O objetivo central é de 4,5%, mas há uma margem de tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo. No ano que vem, esse espaço de erro será menor: 1,5 ponto percentual.

Com a queda da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) já sinalizou que acelerará o corte da taxa básica de juros (Selic) no mês que vem. A diretoria do BC tem sido pressionada para agir rapidamente dado o fraco desempenho da economia e sua retardada reação. O Banco Central até cogitou fazer isso na última reunião do Copom, mas decidiu esperar até janeiro.

Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. A dúvida do mercado é se o próximo corte será de 0,5 ponto percentual ou de 0,75 ponto percentual. A aprovação das primeiras reformas fiscais e a piora nas perspectivas de recuperação da atividade econômica já justificariam uma intensificação do ritmo de flexibilização dos juros.

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