Saúde

Ameaça da Ômicron pode determinar a revisão dos decretos

Ômicron já pode ter chegado ao Oeste, desembarcando no aeroporto de Foz do Iguaçu

  Foto: Geraldo Bubniak/ANPr
Foto: Geraldo Bubniak/ANPr

Cascavel – A nova cepa Ômicron da Covid 19 está acendendo o alerta do setor da saúde que já cogita a possibilidade de ter que reaver o afrouxamento de decretos e de eventos com número maior de pessoas, afirma a chefe da 10ª Regional de Saúde, Lilimar Mori. Ela explica que estão monitorando os casos e que a Região Oeste perto da fronteira a situação é ainda mais preocupante.

Por ter uma característica de transmissão mais efetiva, a nova variante pode atingir um número maior de pessoas e o que não se sabe ainda, é como cada indivíduo irá reagir ao contato com a Ômicron, por isso, cada vez mais a vacinação em massa precisa avançar e as medidas preventivas devem ser mantidas. Outra questão importante é que a nova cepa acaba indo contra o movimento que ocorre atualmente de fechamentos e leitos da Covid 19, devido à redução de casos e de óbitos.

Desde a redução de internamentos, a decisão da saúde foi de reduzir leitos de forma gradativa, passando parte deles para atendimento em geral. Atualmente a 10ª conta com 40 leitos da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) sendo 20 no Hospital Universitário, 10 Hospital e Retaguarda e 10 no Hospital Dr. Aurélio de Nova Aurora. De enfermaria são 38, sendo 28 no Hospital de Retaguarda e 10 no Hospital Dr. Aurélio de Nova Aurora.

A médica defende que cada vez mais se mostra ainda mais necessário as pessoas estarem imunizadas, o que aumenta a cobertura vacinal em massa. Isso foi um dos motivos do Ministério da Saúde anunciar mudanças no prazo das segundas e terceiras doses. O prazo agora para imunização da primeira para a segunda dose é de oito semanas e da segunda para a dose de reforço é de 5 meses, exceto a vacina da Janssen que é apenas uma dose.

 

FLUXO DE ATENDIMENTOS

Segundo o Diretor técnico do Samu Regional do Oeste do Paraná, o médico Rodrigo Nicácio, essa nova variante é motivo de preocupação para autoridades de saúde, por ser um fato novo no enfrentamento da pandemia e ainda não se sabe nem mesmo por suspeitas, se as vacinas que estão sendo aplicadas são eficazes contra essa nova mutação, do novo coronavírus, mas que a imunização é de suma importância.

O médico explicou que os cientistas que estão à frente dos trabalhos laboratoriais, tem prazo de 10 a 15 dias para responder e saber se todo o trabalho que foi feito agora vai combater mais essa nova variante, que aparentemente deve ser de sintomas mais leves. Ele reforça que é importante manter os cuidados, medidas sanitárias, lavagem de mãos e, principalmente o uso de máscaras deve ser mantido, visto que será difícil segurar a nova variante no continente Africano e na Europa.

 

FOZ DO IGUAÇU

Em Foz do Iguaçu dois homens desembarcaram no Aeroporto Internacional da cidade no dia 27 de novembro e estavam sendo procurados pelo setor de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de cidade, já que os dois teriam tido contato com o passageiro que veio da África do Sul e que desembarcou em São Paulo. Ele testou positivo para a Covid 19, mas não se sabe se é pela a nova variante, o que está sendo investigado.

A secretária de saúde de Foz do Iguaçu, Rosa Maria Jerônymo Lima, informou que um dos passageiros, um homem de 48 anos, foi localizado, realizou o exame e testou negativo para a Covid-19. O resultado do teste saiu na tarde de ontem, mas mesmo assim ele precisa cumprir a quarentena de 14 dias isolado. Ela afirmou que eles foram notificados sobre essa situação na última sexta-feira, dia 26 de novembro, mas que desde então estavam em buscas dos dois passageiros. O segundo ainda não foi localizado, o que mantêm o trabalho de buscas que está sendo feito inclusive com apoio da Polícia Federal, que atua diretamente dentro dos aeroportos.

Rosa explicou também que por ser região de fronteira e devido a grande quantidade de voos e de passageiros que desembarcam na cidade, eles estão prontos para receber mais notificações e que nessas situações como em próximas, que podem vir a ocorrer, são notificados pela a Anvisa que tem acesso a todos os dados dos passageiros que entram nos aviões.

 

Paraná registra 476 novos casos

 

A Secretaria de Estado da Saúde confirmou, ontem (1º), mais 476 casos confirmados e 10 mortes — referentes aos meses ou semanas anteriores e não representam a notificação das últimas 24 horas — em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 1.573.162 casos confirmados e 40.578 mortos pela doença.

No primeiro dia de dezembro, 164 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estavam internados e outros 765 pacientes internados ainda aguardavam resultados de exames.