Cotidiano

Almoço dos pioneiros completa 25 anos

Como quem carrega um tesouro inestimável, Anselmo Corbari chegou ao Museu de Imagem e Som de Cascavel há alguns dias com um brilho especial nos olhos. Ele fora mostrar uma bela homenagem que produziu a Cascavel.

De fato levava um tesouro: poeta por paixão e testemunha viva da história da cidade, escreveu em versos o que seus olhos já viram desde que chegou por aqui. Os versos viraram música na voz e nos dedos hábeis dos violeiros Sergio Corbari e Anildo Viola.

A música se chama Raio X da Serpente – Homenagem aos Pioneiros e é mais uma das grandes homenagens que as famílias fundadoras de Cascavel vão receber hoje, no já tradicional Almoço dos Pioneiros. “Eu me sinto muito feliz pelo fato de a organização ter aceitado usar minha música no almoço. Como uma pessoa que cresceu aqui e viu aquela vila se transformar nesta cidade grande que é hoje, eu me sinto no dever de contar essas histórias para os mais novos e para quem ainda não as conhece”.

E histórias Corbari tem bastante. Ele chegou à Capital do Oeste em 1954 e não é exagero quando diz que “aqui era tudo mato”. “Eu era menino, de sete para oito anos. Vim com meus pais. A gente brincava por esses lugares onde hoje está cheio de lojas e empresas. Em 1988 fui vereador e pude contribuir ainda mais para o crescimento da cidade. Hoje é gratificante ver como se tornou uma potência na região”.

 

Comemoração especial

O Almoço dos Pioneiros chega à sua 25ª edição. O evento ocorre hoje no Clube Tuiuti e é uma forma de homenagear as famílias que fundaram Cascavel. A coordenadora do MIS (Museu de Imagem e Som de Cascavel), Silvia Prado, está à frente da organização há dez anos e reforça que o almoço é um momento importante para a cultura cascavelense. “É preciso olhar para nossa história com carinho. Esse almoço é um momento de agradecer e uma forma de o Município retribuir a essas famílias que contribuíram no desenvolvimento da nossa cidade.”

O evento reúne cerca de 800 pessoas e inclui dança, música, mostra de fotos e objetos históricos, roda de chimarrão entre outras atividades. “É um momento único em que eles podem se reencontrar, relembrar como era e compartilhar suas histórias. Manter essa memória viva é muito importante para eles e para todos nós”.