Educação

48 mil jovens do Sul embarcaram em 2018

Pesquisa mostra que influência dos pais é fator decisivo no momento de estudar no exterior

48 mil jovens do Sul embarcaram em 2018

Quando pensamos em intercâmbio, para a maioria das pessoas, vêm a imagem do High School. Ou seja, jovens estudando por pelo menos um ano no exterior e, concomitantemente, o pensamento que para conseguir ficar esse período em terras estrangeiras é preciso ter um capital alto. Todavia, a pesquisa anual da Belta (Associação das Agências Brasileiras de Intercâmbio) realizada nas cinco regiões do País com pessoas que pretendem fazer intercâmbio e que já tiveram essa experiência mostra um cenário diferente.

“A pesquisa desmitifica essa ideia que os pais têm apenas o programa de High School para mandar os filhos. Na realidade, 34,9% dos jovens que viajam se influenciam pelas experiências que os amigos tiveram no exterior e muitos deles têm a vivência do curso de férias, que é de curta duração. Ou seja, o estudante consegue ter uma experiência no exterior mesmo que seja por um período menor. E isso traz mais autonomia. Inclusive para ele escolher se quer fazer um high school e/ou uma graduação lá fora”, explica Carla Mussoi, coordenadora regional da Belta no Rio Grande do Sul.

No Brasil, 365 mil pessoas fizeram intercâmbio em 2018. Só o Sul é responsável por 48.180 jovens que embarcaram ao longo do ano passado. Isso mostra que, mesmo em um ano de crise política e econômica, as pessoas estão gastando mais com experiências.

Vivendo na pele

Muitas escolas no Sul do País estão preparando os alunos não somente para os vestibulares no Brasil. A maioria das instituições apresentam programas de aconselhamento para uma carreira internacional, orientações sobre universidades no exterior, e, o mais importante, conseguir dar mais independência para os seus estudantes.

De acordo com a pesquisa Belta, os pais tem “peso” de 22,1% na decisão dos filhos de embarcarem para terras não conhecidas. Ou seja, a união da escola com a criação em casa faz toda a diferença para esse estudante considerar a vivência no exterior.

“O que pais e escolas conseguiram entender é que proporcionar um conhecimento adquirido com experiências, ou seja, no exterior, traz a tão falada liberdade com responsabilidade e que a vivência desse estudante, mesmo em um curso de férias de curta duração e que exija menos recurso financeiro dos pais, pode despertar interesse em outras carreiras e abrir sua mente. Esses são os fatores mais importantes que ele poderá trazer na sua bagagem”, explica Maura Leão, presidente da Belta.

A experiência no curso de férias, curso de idioma e/ou High School traz para os estudantes:

– Criatividade

Capacidade de resolver um conflito na vida profissional ou pessoal de forma não convencional.

– Planejamento financeiro

Por mais que 65,9% dos jovens que viajam residirem com os pais no Brasil e muitos viajarem com os recursos dos pais, não significa que não precisam ter controle dos gastos. Na prática, eles aprendem a direcionar a quantia que têm disponível. Para transporte, alimentação, hospedagem e lazer. Voltam com o senso do quanto vale o dinheiro.

– Autonomia

Seja estudando inglês (língua que responde a 87,22% dos intercâmbios) ou espanhol, que vem com 5,5% de interessados, o certo é que o estudante tem que se comunicar em outro idioma, resolver questões do dia a dia em outra língua e conviver com nativos. Isso traz autonomia e uma capacidade melhor para tomar decisões quanto o seu futuro profissional.

Destinos mais procurados pelo Sul

Quanto aos destinos mais procurados, segundo a pesquisa da Belta, os estudantes do Sul optam primeiro pelo Canadá (liderando, com 22,2% das intenções), seguido dos Estados Unidos (16,8%) e da Irlanda (9,6%).

Já a pesquisa que envolve as intenções no Brasil todo: o Canadá lidera com 24,4 de intenções, seguido dos Estados Unidos (19,5%) e em terceiro vem o Reino Unido (9,9%).

Como evitar riscos em um intercâmbio

Muitos casos são noticiados sobre pessoas que custearam um intercâmbio e não tiveram a entrega do que pagaram e/ou não tiveram nada entregue e perderam o valor investido. “A Belta existe há 26 anos e atesta com o Selo Belta apenas agências idôneas. No Sul, temos todo um trabalho de conscientização da população, pais, e demais para ficarem alertas quanto a agências e às orientações que recebem. É importante checar no site da Belta se a agência é associada. O critério para se tornar uma é rigoroso e traz segurança para o consumidor”, alerta Carla Mussoi, coordenadora Regional da Belta no Rio Grande do Sul.

Para checar a idoneidade da agência, acesse o site da Belta e veja se realmente ela é associada: www.belta.org.br.

Sobre a Belta

Criada há 27 anos, a Belta (Associação das Agências Brasileiras de Intercâmbio) tem como objetivo ampliar o mercado de educação internacional no País. Como única associação do setor e sem fins lucrativos, tem como foco certificar com o Selo Belta agências confiáveis no setor de intercâmbio e viagens por meio de um processo cuidadoso de análise (saúde financeira e social das agências). Atualmente, as agências especializadas Selo Belta representam 75% do mercado de educação internacional, e a Belta reúne 14 associadas colaboradoras que são associações internacionais de instituições de ensino de idiomas e de ensino médio, universidades e redes de escolas internacionais, assim como prestadores de serviços afins ao segmento tanto do exterior como nacionais. A qualidade dessas empresas é atestada pelo Selo Belta, oferecendo credibilidade no Brasil e no exterior.