CHAPECÓ – As quatro torcidas organizadas da Chapecoense se uniram neste domingo para abraçar a Arena Condá no horário em que seria realizada a última rodada do Campeonato Brasileiro. Durante o ato, os torcedores rezaram em nome das 71 vítimas da queda do avião que levava uma delegação do time à Colômbia na terça-feira.
O ato pode representar uma aproximação entre os grupos, segundo o presidente de uma das torcidas, a Garra Independente, Rodrigo Zatt, de 26 anos. As outras torcidas são Guerreiros do Verdão, Barra da Chape e Torcida Jovem.
– Num outro momento, se a gente se encontrasse talvez tivesse até briga. Não tem porque ficar cada torcida em um canto do estádio, fazendo sua música. Todos nós queremos a mesma coisa, que a Chape vença. Talvez seja hora de nos unirmos – disse Zatt.
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Inicialmente, o ato teria a participação de diretores da Chapecoense. Mas, após o velório coletivo, no sábado, e o enterro de 16 pessoas, neste domingo, a diretoria do clube acabou cancelando sua participação. Como boa parte dos torcedores já estava em frente ao estádio por volta das 17h, deu-se prosseguimento ao ato.
Além do abraço simbólico, as torcidas organizadas rezaram um Pai Nosso e uma Ave Maria, de mãos dadas, e cantaram músicas de apoio ao time. Um dos torcedores que pediu a palavra disse que um ato como esse pode ajudar a quebrar o clima pesado que Chapecó vive.
