Economia

PR segue mantendo empregos em alta e abrindo novas oportunidades com rapidez

PR segue mantendo empregos em alta e  abrindo novas oportunidades com rapidez

O Paraná fechou o primeiro quadrimestre com 44.691 novas empresas, saldo resultante da abertura de 97.933 estabelecimentos e fechamento de 53.242. Em relação a janeiro a abril de 2022 o crescimento foi de 28,28% – posicionado em 4º lugar entre os estados com maior percentual de aumento em novas empresas, superado apenas por Tocantins (34,8%), Mato Grosso (32,9%) e Rondônia (29,9%). Os dados constam no Mapa de Empresas – boletim do 1º quadrimestre de 2023, divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta semana.

O tempo abertura de empresas é outro destaque do Paraná no documento do ministério. Entre as capitais, Curitiba divide com Aracaju (SE) o 1º lugar, com apenas 2 horas para abertura de empresa. No ranking dos 10 municípios brasileiros mais ágeis na geração de registro figuram Santa Helena (54 minutos) no topo da lista nacional; Foz do Iguaçu (1h59), em 3º lugar; Curitiba (2h13), em 5º lugar; e Umuarama (2h40), em 7º lugar.

A capital paranaense reduziu em 4 horas o tempo médio de abertura, enquanto a capital de Sergipe apresentou aumento de 1 hora em relação ao terceiro quadrimestre de 2022 – apesarde ambas dividirem o 1º lugar do ranking de tempo no relatório deste ano. Sem mencionar o segundo lugar, o boletim nacional posiciona Vitória (ES) em 3º lugar com 3 horas, e Florianópolis em 4º lugar, com 5 horas.

No geral, o Paraná ocupa o 3º lugar no tempo médio de abertura de empresas com 11 horas – cinco horas a menos em relação ao 3º quadrimestre de 2022 e sete horas a menos em relação ao primeiro quadrimestre de 2022. Em primeiro lugar entre os estados nos primeiros quatro meses deste ano, está Sergipe, com tempo de 7 horas. Em segundo ficou Amazonas, com 8 horas.

 

Agilidade

Das 11 horas em média, para abertura de uma empresa no Paraná, 9 horas se referem à análise da viabilidade para a empresa se estabelecer no endereço indicado e usar o nome empresarial escolhido e duas horas para o tempo do registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica. O tempo médio paranaense continua sendo o mais competitivo em relação à média brasileira, que foi calculado em 1 dia e seis horas, com aumento de 6 horas (25%) em relação ao final do terceiro quadrimestre de 2022.

Presidente da Jucepar (Junta Comercial do Paraná), Marcos Rigoni, avalia a boa posição no Mapa das Empresas como reflexo das oportunidades geradas pelo Estado. “O Paraná é um dos melhores estados do Brasil, tanto para se viver quanto para empreender. Temos um governo sério, de credibilidade e com uma política transparente. Outro fator que também é relevante, é que temos uma Junta Comercial extremamente ágil, e que valoriza sobremaneira o empreendedor”, afirma.

Foto: AEN

 

Indústria paranaense mantém crescimento do trabalho formal

Abril foi o quarto mês seguido de crescimento na oferta de trabalho formal (com carteira assinada) na indústria paranaense. O estado abriu, no total, somando todas as atividades, 9.429 vagas no mês. Serviços foi o principal empregador (3.367), seguido pela indústria (2.611), comércio (1.592), construção civil (1.536) e a agropecuária (323). Os dados divulgados pelo Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Governo Federal) mostram que o segmento industrial registrou alta de 22% na comparação com abril do ano passado.

O resultado ficou abaixo do esperado na comparação com março deste ano, com queda de 9%. No acumulado de janeiro a abril, o setor empregou 10.018 trabalhadores, valor 33% abaixo do que havia sido contabilizado no mesmo período do ano passado, que foi de 14.887 postos. Nos últimos 12 meses, a indústria contratou 11.592 trabalhadores, 64% menos do que no mesmo intervalo de tempo de 2022, quando as novas vagas abertas somaram 32.558.

A indústria nacional também tem aberto mais oportunidades. Em abril, o saldo nacional chegou a 18.713 novos empregos, que fecham o primeiro quadrimestre em 114.590 novas admissões de saldo. O Paraná foi o sexto estado do país que mais criou empregos na indústria do país em abril. No ano, o estado está atrás de São Paulo (41 mil), Rio Grande do Sul (24 mil), Santa Catarina (19 mil) e Minas Gerais (17 mil).

 

“Contra maré”

“Avaliamos o resultado como positivo porque a indústria estadual continua a abrir vagas mesmo diante de um cenário macroeconômico desfavorável”, avalia a analista da Assessoria Econômica e de Crédito da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), Mari Santos. “A taxa de juros elevada, hoje em 13,75% ao ano, é um impeditivo para as novas contratações porque o custo do capital está mais alto para o empresário”, explica. “Antes de contratar, é preciso ajustar o orçamento e buscar recursos no mercado. Mas esse acesso ao crédito está bem caro atualmente no Brasil”, justifica.

Uma boa notícia, segundo a analista, é que a partir de abril, analistas e agentes econômicos têm acreditado numa melhora nas expectativas do mercado, com previsão de queda da Selic até o fim do ano e aumento no PIB. “Talvez essa constatação tenha animado alguns empresários, que já estariam se preparando para este cenário mais favorável no segundo semestre”, completa.

 

Atividades geradoras

Entre os segmentos da indústria que mais contrataram em abril estão alimentos (1.061), madeira (405), produtos diversos (166), máquinas e equipamentos (161), petróleo (145), produtos químicos (143), borracha e material plástico (109), couro (103) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (101). Das 24 áreas avaliadas, seis ficaram negativas, ou seja, mais demitiram do que admitiram trabalhadores. É o caso de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-118), fabricação de equipamentos de informática (-78), produtos têxteis (-49), metalurgia (-41), vestuário (-35) e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-21).

Já entre janeiro e abril, o segmento alimentício lidera o ranking de contratações com 3.559 admissões. Na sequência aparecem vestuário (1.424), borracha e material plástico (738), automotivo (737) e produtos de metal e produtos químicos, ambos com 614 vagas abertas. Quatro setores fecharam postos de trabalho. Entre eles máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-628), metalurgia (-205), minerais não metálicos (-178) e fabricação de equipamentos de transporte (-55).

 

Perfil

Em abril, dos 2.611 profissionais contratados, 1.812 foram homens e 799 mulheres. A grande maioria jovens entre 17 e 24 anos (2.858) e com Ensino Médio completo (1.410).