Brasília – Em dia de divulgação do desempenho da economia brasileira no segundo trimestre, o dólar e a bolsa subiram. O alívio nos mercados internacionais provocado pela desaceleração do mercado de trabalho norte-americano compensou parcialmente as tensões no mercado doméstico.
O dólar comercial encerrou a quarta-feira (1º) vendido a R$ 5,182, com alta 0,2%. A cotação operou em baixa durante toda a manhã, tendo chegado a R$ 5,14 na mínima do dia, por volta das 10h. No entanto, a moeda norte-americana reverteu o movimento e encerrou em leve alta.
Essa foi a primeira alta do dólar após três dias de queda. A divisa acumula recuo de 0,25% na semana e de 0,12% em 2021.
No mercado de ações, o dia foi marcado pela recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 119.396 pontos, com alta de 0,52%. Na semana, porém, o indicador acumula perda de 1,06%.
No exterior, a divulgação de que a economia norte-americana gerou 374 mil empregos no setor privado em agosto, abaixo das 600 mil vagas esperadas pelas instituições financeiras, animou os mercados financeiros internacionais. Isso porque a desaceleração da maior economia do planeta aumenta as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) não antecipar a retirada dos estímulos monetários concedidos durante a pandemia de covid-19.
Juros baixos por mais tempo em economias avançadas estimula a entrada de recursos em países emergentes, como o Brasil. Além disso, a valorização do minério de ferro no mercado internacional contribuiu para a alta do Ibovespa. Na terça-feira (31), os preços tinham caído após dados confirmarem a desaceleração da economia chinesa.