Economia

Desemprego bate recorde no País

O resultado foi o mais elevado desde que a pesquisa teve início, em maio deste ano

Comércio de rua em Brasília - Foto: Agência Brasil
Comércio de rua em Brasília - Foto: Agência Brasil

Rio de Janeiro – Com menos pessoas empregadas e mais brasileiros buscando trabalho, a taxa de desemprego no País aumentou de 13,2% na terceira semana de agosto para 14,3% na quarta semana do mês, segundo dados da Pnad Covid-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid) divulgados nessa sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado foi o mais elevado desde que a pesquisa teve início, em maio deste ano.

Eram 13,7 milhões de desempregados na quarta semana de agosto, cerca de 1,1 milhão a mais que o registrado na semana anterior. A reabertura de atividades econômicas e a flexibilização do isolamento social têm encorajado as pessoas que estavam na inatividade a buscar uma vaga. “Quando estava com as medidas restritivas, as pessoas não podiam se locomover, não podiam buscar emprego, as empresas estavam fechadas. Agora vamos ver como o mercado de trabalho responde a essa maior procura [por emprego]”, disse Maria Lucia Vieira, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Embora haja mais trabalhadores em busca de uma vaga, o total de ocupados desceu a 82,2 milhões na quarta semana de agosto, cerca de meio milhão a menos em apenas uma semana.

A taxa de informalidade ficou em 34% na quarta semana de agosto, ante 33,4% na semana anterior. Como aumentou a incidência de informais no mercado de trabalho na mesma semana em que houve redução na população ocupada, é possível dizer que as demissões atingiram mais os trabalhadores formais. “Sim, foi o pessoal com trabalho mais formalizado”, confirmou a coordenadora do IBGE.

A população fora da força de trabalho – que não estava trabalhando nem procurava emprego – somou 74,4 milhões na quarta semana de agosto, sendo que 26,7 milhões deles disseram que gostariam de trabalhar.

A Pnad Covid-19 mostrou ainda que 88,6 milhões de pessoas ficaram em casa e só saíram por necessidade básica na quarta semana de agosto, equivalente a 41,9% da população.