São Paulo – Buscando se ajustar aos ganhos de títulos brasileiros no exterior nos últimos dois dias, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou em alta de 0,78%, aos 120.355,79 pontos nessa quarta-feira, conseguindo manter o importante patamar dos 120 mil pontos, apesar do clima misto em Nova York, na volta do feriado do Carnaval. No câmbio, o dólar teve alta de 0,76%, cotado a R$ 5,4152.
Na máxima do dia, o Ibovespa foi aos 120.527,99 pontos, ganho de 0,92%. Destaque para o setor de commodities, ante o ganho de 3,87% em Petrobras PN e de 3,16% na ON. Desempenho positivo também para as ações de siderurgia, com Usiminas em alta de 5,99%, de 1,45% para Gerdau PN e de 3,41% para CSN. Entre os bancos, o desempenho volta a ser misto, com Itaú PN em alta de 1,26% e Bradesco ON em baixa de 0,07%.
Em Nova York, Dow Jones fechou em alta de 0,29%, novo recorde, enquanto S&P 500 e Nasdaq caíram 0,03% e 0,58%. Por lá, investidores monitoraram a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que apontou para um ritmo mais moderado de recuperação da economia e do emprego nos Estados Unidos nos últimos meses. Ainda segundo o documento, para manter a política acomodatícia é essencial para fomentar a retomada e inflação na meta. A ata afirma ainda que a “compra de ativos continuará até que haja progresso rumo à meta de inflação e emprego”.
No câmbio, o dólar manteve o viés de alta visto no exterior, em um dia no qual esboçou pouca mudança ante a perspectiva mais pessimista da ata do Fed.
Para o diretor executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde), Michael Ryan, a diminuição global dos casos e mortes por covid-19 vista nas últimas semanas são resultado das medidas de segurança já conhecidas, como o distanciamento físico, e não dos programas de vacinação.
Nova onda de fraqueza cambial
O Citigroup previu uma nova onda de fraqueza para as moedas de mercados emergentes nessa quarta-feira (17), devido ao aumento nos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro americano).
“Vemos outra onda de fraqueza do câmbio de mercados emergentes se formando agora, à medida que o apetite por risco é contido devido ao aumento nos rendimentos nominais dos EUA”, escreveu Luis Costa, estrategista de mercados emergentes do Citi, em nota de pesquisa.