São Paulo – O apetite dos investidores por risco fortaleceu a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, e a semana inicia com alta de 2,05%, aos 104.477,08 pontos. Já o aumento das tensões Estados Unidos e China, que ganharam ainda mais força no fim da semana, pesou sobre o dólar, que fechou em queda de 0,92%, a R$ 5,1580.
De acordo com o analista da Necton Investimentos Márcio Gomes, com o processo de realização de lucros e realocação de capital, os investidores vendem esses ativos que subiram bem e acabam comprando setores um pouco mais defasados, como o de bancos.
O ex-presidente do BC (Banco Central) e sócio-fundador da Gávea Investimentos, Arminio Fraga, alertou que, na sua avaliação, países pretendem enxugar liquidez no pós-pandemia. Com relação ao Brasil, disse ser fundamental colocar a dívida em trajetória de queda para manter os juros baixos. “Tenho muito medo dessa fragilização fiscal; o País está saindo de uma UTI”.
Ainda no noticiário local, a balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,836 bilhão na quarta semana de julho (de 20 a 26), com US$ 4,540 bilhões exportados e US$ 2,704 bilhões de importações.
Também chama a atenção a revisão da queda para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2020 feita pelos analistas do mercado, agora estimada em 5,77%. Há um mês, as projeções divulgadas no relatório Focus, do BC, apontavam para recuo de 6,64%.