WASHINGTON – Para Cassia Carvalho, diretora executiva do Conselho Empresarial Brasil-EUA, da Câmara Americana de Comércio, uma visão mais pragmática do novo governo poderá acelerar as negociações bilaterais.
Como estão as relações entre Brasil e Estados Unidos?
As autoridades brasileiras e americanas têm trabalhado em estreita colaboração sobre questões de facilitação do comércio. Um dos exemplos é ter um sistema único para questões aduaneiras. Há outras formas de cooperação em áreas como propriedade intelectual, normas e avaliação da conformidade, estatísticas comerciais, coerência e convergência regulamentares.
Quais são os principais obstáculos para aumentar o comércio bilateral?
Vemos uma grande mudança na política de comércio na administração de Michel Temer. Ele anunciou sua intenção de solidificar a relação do Brasil com os EUA. Os principais obstáculos hoje são o chamado custo Brasil e certas exigências de conteúdo local. O país também precisa ser mais atraente para investimento em infraestrutura.
Quais setores podem se beneficiar da intensificação das relações Brasil-EUA?
Os setores industriais de ambos os países podem se beneficiar substancialmente. No caso do Brasil, os bens intermediários e de capital seriam beneficiados.
Quais os próximos passos?
Mais investimentos de empresas americanas, certamente, virão com uma nova perspectiva sobre o investimento estrangeiro no Brasil.