Cascavel – Os pontos cruciais para o crescimento da triticultura no Brasil são tema da 11ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale e do Fórum Nacional do Trigo 2017, realizados pela Coodetec, que começaram ontem e seguem até amanhã, em Cascavel.
Um dos principais problemas que travam a atividade é a falta de proximidade entre indústria e produtor, somada à ausência de políticas públicas eficientes.
O presidente do evento, Francisco de Assis Franco, chamou atenção para o tema, já em sua fala de abertura: “Temos área disponível e temos condições de produzir trigo para atender a demanda interna. Falta uma política definida para a cadeia para que possamos atingir essa meta”.
A necessidade de diálogo entre os diferentes elos da cadeia produtiva – pesquisa, produtor, indústria e governo – continuou como ponto central do painel “O futuro do trigo no Brasil: soluções para o crescimento”.
O diretor administrativo da Coodetec e presidente da Braspov (Associação Brasileira dos Obtentores Vegetais), Ivo Carraro, alertou sobre a necessidade de políticas públicas que fomentem a produção nacional, garantindo mais segurança para o produtor. Isso requer diálogo e entendimento entre a indústria moageira e o produtor de trigo. Historicamente, a indústria defende a compra de trigo importando, usando a qualidade do grão e a falta de segregação por qualidade da produção nacional como argumentos. “Precisamos realmente entender por que a indústria prefere comprar o trigo importando e buscar solucionar seu problema internamente. Precisamos produzir em contato com a indústria, aplicar melhores técnicas de produção e manejo, praticar a segregação por qualidade, ainda manter baixo nível de micotoxinas no grão”, pontua.