Curitiba – A reforma do Regimento Interno da Assembleia Legislativa, cujas emendas começaram a ser analisadas nesta semana, virou pivô de uma intensa divergência entre o líder governista Luiz Claudio Romanelli (PSB) e o líder oposicionista Requião Filho.
A confusão começou no plenário, na terça-feira, mas se intensificou ontem diante do fato de Requião Filho ter distribuído matéria de assessoria à imprensa afirmando que emendas apresentadas por Romanelli ao texto original têm o objetivo de fazer ressurgir o chamado “tratoraço” que foi extinto em fevereiro do ano passado.
“As emendas diminuem a autonomia do plenário e atropelam o processo democrático. Se os deputados não rejeitarem todas elas, corremos o risco de ter de volta o regime de Comissão Geral, quando um projeto de interesse do governo podia ser aprovado em apenas um dia”, criticou o deputado peemedebista.
Romanelli reagiu classificando como “levianas e irresponsáveis” as declarações de seu colega de Assembleia. “O líder da oposição ou está muito mal informado ou agiu de má fé. Apresentei 27 emendas ao texto original encaminhado pela comissão especial de reforma do regimento e nenhuma delas traz o retorno da famigerada comissão geral ou sequer a redução da autonomia do parlamento”, disparou.
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“O deputado Requião Filho, talvez por inexperiência, talvez por ignorância, parece desconhecer que a discussão sobre o regimento e as emendas apresentadas por mim ou por outros parlamentares nada têm a ver com a função de líder do governo. No caso do regimento, não estamos discutindo matérias de interesse do governo e sim as regras de funcionamento da Casa para modernizar o regimento e fixar prazos para a análise de projetos”, ressaltou Romanelli.
FALTA DE LEITURA
Romanelli foi mais fundo em suas críticas a Requião Filho. “O líder da Oposição parece não ter lido as emendas que apresentei. E se leu, não entendeu. Açodadamente saiu falando besteira. Infelizmente, nesses tempos de pouca discussão e leitura e muito compartilhamento nas redes sociais, muitos não leem ou analisam antes de publicar”, disse o líder governista, lamentando que “a APP-Sindicato, por exemplo, tenha caído na esparrela do inexperiente deputado e publicado suas leviandades”.
