Cotidiano

Nova contratualização: HU negocia repasse extra de R$ 1 milhão do Estado

O reitor da Unioeste, Alexandre Webber, acredita que o diálogo sobre a nova proposta com o governo do Estado deve correr como esperado

Nova contratualização: HU negocia repasse extra de R$ 1 milhão do Estado

Reportagem: Cláudia Neis

Cascavel – A direção do HU (Hospital Universitário) de Cascavel apresentou uma nova proposta para o POA (Plano Operacional Anual), que é o convênio do hospital com a Secretaria de Saúde do Paraná e define os serviços a serem executados e a respectiva remuneração.

A proposta que foi apresentada esta semana à 10ª Regional de Saúde e deve ser encaminhada para avaliação estadual prevê um reajuste no faturamento de aproximadamente R$ 1 milhão por mês, quase metade do valor atual estimado, de R$ 2.175.725 por mês.

De acordo com o diretor administrativo do HU, Rodrigo Barcella, o aumento é justificado pela demanda do hospital, que é referência no atendimento SUS em toda a região oeste e sudoeste, abrangendo mais de 2 milhões de habitantes. “O valor estava suprimido no antigo contrato e, por isso, é necessária a readequação, visando ao faturamento real da instituição”, explica.

“Estávamos executando muito além do que o previsto em contrato e, como somos hospital de referência, não podemos negar o paciente. Isso acabou represando os números”, acrescenta o diretor-geral do HU, Rafael Muniz de Oliveira.

O reitor da Unioeste, Alexandre Webber, acredita que o diálogo sobre a nova proposta com o governo do Estado deve correr como esperado, uma vez que a Secretaria de Saúde tem conhecimento da dimensão do nosso hospital e com a apresentação dos números a necessidade fica clara.

 

Hemodiálise X UTI

Outro ponto apresentado na proposta é o aluguel de um equipamento móvel para a realização de hemodiálise no hospital. De acordo com o reitor, hoje os equipamentos são fixos e ocupam dois leitos de UTI. “Esses leitos ficam comprometidos com a realização do procedimento, pois o equipamento é fixo e as unidades precisam estar disponíveis para realizar o procedimento. Com o equipamento móvel, não será mais necessário ocupar a UTI, pois a hemodiálise poderá ser realizada nas enfermarias, por exemplo. Ajudaria muito, pois um dos nossos principais problemas é a falta de leitos de UTI”, ressalta Webber.