Cotidiano

Ministro conhece projeto referência para redução de metano em Cascavel

Segundo o ministro, quando assumiu a pasta em 2021, a questão do metano era uma dificuldade que foi transformada em oportunidade

Ministro conhece projeto referência para redução de metano em Cascavel

Cascavel – O Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, realizou ontem (10), uma visita técnica à Cascavel para conhecer as instalações da usina de biogás do aterro sanitário municipal, que servirá como referência para o programa de redução de metano a ser lançado pelo governo Federal. A iniciativa tem como objetivo incentivar a transformação de resíduos sólidos urbanos e orgânicos em biocombustível e contará com o auxílio financeiro de bancos públicos como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Durante a visita, acompanhada pela deputada federal Aline Sleutjes, presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputado, Leite destacou a dedicação do Oeste na criação de políticas públicas sustentáveis. “Eu tive a oportunidade de visitar vários projetos, desde o pequeno produtor que já está recebendo R$ 4 mil por colocar o biogás que ele gera na pequena propriedade, gerando energia e assim recebendo. A natureza agradece. Produza biogás que a natureza agradece. Transforme o seu lixo, o seu resíduo em energia que a natureza agradece e o produtor ganha dinheiro”, disse o ministro, completando que “é importantíssimo ver aqui que já temos tecnologias e o Oeste, aqui do Paraná, está de parabéns porque é uma tecnologia de ponta sendo aplicada e vai poder ser multiplicada pelo Brasil todo.”

Segundo o ministro, quando assumiu a pasta em 2021, a questão do metano era uma dificuldade que foi transformada em oportunidade. “O desafio de reduzir metano está se transformando em oportunidade. O Ministério do Meio Ambiente entende que clima não significa apenas reduzir, proibir, culpar e multar, mas, sim, significa empreender, inovar, acelerar, crescer, gerar empregos verdes é e o que a gente vê aqui na região.”

De acordo com Joaquim Leite, os resultados da unidade estão em consonância com o objetivo do Governo Federal de estimular a produção de combustíveis como o biogás e parabenizou a cidade de Cascavel pela gestão sustentável. “Vocês estão de parabéns porque vocês estão dando uma solução real para aquilo que é emissão de metano na atmosfera. Quando você pega esse metano e transforma em energia, você está reduzindo a emissão de metano e nos ajudando como solução. O Brasil é solução e Cascavel é parte da solução do desafio climático global.”

 

Fertilizantes

Na oportunidade, Joaquim Leite também comentou sobre o trabalho do Mistério do Meio Ambiente no auxílio do desenvolvimento do PNF (Plano Nacional de Fertilizantes), que em breve será lançado pelo governo Federal. Segundo Leite, o objetivo é encontrar novas soluções sustentáveis para esta questão. “O plano de fertilizantes é achar novas soluções. E uma delas está aqui, o biofertilizante, o bioinsumo. Nós temos uma possibilidade gigantesca. Só de biometano nós temos um pré-sal caipira. O volume de gás que sai do pré-sal hoje que é muito relevante, aqui, no interior do Brasil, só tratando resíduos de aves, suínos, açúcar, álcool e aterro sanitário, nós temos o mesmo volume.”

 

“Oeste disciplinado”

O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, que também é presidente da Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná, na conversa com o ministro destacou que “o Oeste é muito disciplinado nesta questão da produção do agro e o meio ambiente”. Na conversa com o ministro, Paranhos criticou, de forma bem-humorada, o “resto do mundo que fica metendo o nariz nas nossas coisas, nos criticando, mas não faz o que nós fazemos”. O prefeito fez referência a “modesta planta” instalada no aterro sanitário de Cascavel, que já produz a bioenergia “que pode ser exemplo e pode ser ampliada”.

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Nei Haveroth, Cascavel tem investido para transformar o gás que polui a atmosfera em energia limpa. “Nós aumentamos a produção de energia de 150 kw/h para 300 kw/h e com esta capacidade regularizada e colocada na rede de transmissão da Copel, todo o investimento que o Município fez na rede de transmissão e alinhamento dos transmissores, resultam em economia. E, hoje nosso aterro é modelo de gestão e sustentabilidade para o Brasil”.

 

Secom