Cotidiano

Invasão do MST coloca área ambiental em risco

Histórico de depredação do Movimento deixa autoridades e entidades em alerta

Santa Terezinha de Itaipu – Em uma reunião de emergência, entidades parceiras do Projeto Corredor de Biodiversidade traçaram metas para tentar impedir que a invasão da Fazenda Santa Maria, invadida pelo MST no dia 18, cause danos ambientais sérios na região.

O Comitê Gestor manifesta preocupação com a situação, uma vez que a fazenda invadida mantém áreas de proteção ambiental como o Corredor da Biodiversidade Santa Maria e a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural). Juntas, essas duas áreas ligam o Parque Nacional do Iguaçu com o Parque Nacional de Ilha Grande por meio da Faixa de Proteção do Lago de Itaipu e são responsáveis pela preservação das espécies da fauna e da flora de toda a região.

A principal preocupação do Comitê Gestor é com o histórico de invasões do MST, onde ocorrem desrespeitos ao meio ambiente a partir do corte de árvores nativas, queimadas, caça predatória, retirada de palmito e outras espécies de valor comercial, causando enorme prejuízo à fauna e à flora.

No fim da reunião foi redigido um documento, assinado por todas as entidades e encaminhado em caráter de urgência aos órgãos de segurança estadual e federal competentes, para que sejam tomadas as devidas providências para garantir a preservação do Corredor de Biodiversidade e evitar uma tragédia ambiental sem precedentes na região e que destruiria um trabalho reconhecido mundialmente.

Prazo para sair

A Justiça concedeu prazo de 48 horas para as famílias do MST deixarem a propriedade invadida em Santa Terezinha de Itaipu, que é produtiva. O prazo findou no fim da tarde de ontem e não havia sinal de que a área seria desocupada. Com 1.750 hectares, a propriedade pertence a dois irmãos investigados pela Operação Lava Jato, motivo que líderes do MST empregaram para invadir a propriedade.