RIO – A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou em novembro a 0,18% frente ao 0,26% de outubro. A taxa é a menor para o mês desde 1998. Nos doze últimos meses, a inflação ficou em 6,99%, o menor resultado nesse tipo de comparação desde dezembro de 2014, quando ficou em 6,41%. No acumulado do ano, o resultado é de 5,97%.
Os preços de alimentos caíram 0,20% em novembro, aprofundando a deflação que já tinha sido registrada em outubro (0,05%). Foi o grupo que mais pressionou o índice para baixo no mês, com impacto de -0,05 ponto percentual. O grupo de artigos de residência também registrou deflação, de 0,16%, repetindo o movimento do mês anterior (-0,13%).
O leite longa vida caiu 7,03% e foi a maior contribuição para baixo, com impacto de 0,08 ponto percentual.
Por outro lado, o preço do etanol subiu 4,71% e foi a maior pressão de alta para a inflação, com impacto de 0,04 ponto percentual.
A expectativa de analistas era de que a inflação ficasse em 0,27% em novembro, segundo a Bloomberg. As projeções variavam entre 0,20% e 0,36%. Já a estimativa para o resultado acumulado em doze meses era de 7,09%, com taxas entre 7,01% e 7,35%.
No mês de outubro, a variação mais elevada em outubro ficou com transporte (0,75%), puxada especialmente por etanol e gasolina, enquanto alimentação e bebidas (-0,05%) e artigos de residência (-0,13%) apresentaram recuo nos preços. Também subiram os preços da habitação (0,42%), vestuário (0,45%), saúde e cuidados pessoais (0,43%), despesas pessoais (0,01%), educação (0,02%) e comunicação (0,07%).