TRÂNSITO

EstaR: Terceira empresa é aprovada e vai iniciar a fiscalização em junho

Segundo a Transitar, o contrato com a empresa será no valor de R$ 6,5 milhões para um período de 36 meses

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Segundo a Transitar, o contrato com a empresa será no valor de R$ 6,5 milhões para um período de 36 meses

Cascavel – A terceira empresa que participou da licitação para operar o novo modelo do EstaR (Estacionamento Regulamentado) de Cascavel foi, enfim, aprovada nos testes. O anúncio foi feito ontem (21) pela presidente da Transitar, Simoni Soares, que informou que a partir de agora seguem os trâmites burocráticos para que, em seguida, a empresa inicie os trabalhos, com previsão para a segunda quinzena de junho.

A aprovação já foi publicada no Diário Oficial do Município, que aponta que a empresa Lapaza Empreendimentos Ltda alcançou o índice de 90% de êxito nos testes em escala real e foi considerada classificada e habilitada para assumir o serviço. O contrato com a empresa será no valor de R$ 6,5 milhões para um período de 36 meses. O objetivo principal é que o sistema de controle de vagas retorne as ruas, já que é uma forma encontrada pelos municípios com grande circulação de veículo, como Cascavel, para conseguir equilibrar a disputa por uma vaga.

Segundo Simoni Soares, com a licitação aprovada, inicia o período de análise de documentos e, em seguida, será publicada a resolução com as regras de forma mais esmiuçada de como o serviço funcionará. Ela lembrou que as duas primeiras empresas que participaram do certame foram reprovadas: a primeira não apresentou a documentação e a segunda foi reprovada na fase de testes.

“No modelo antigo, no último ano tivemos um prejuízo de mais de R$ 1 milhão, o que fez com que a gente migrasse para este novo modelo”, disse a presidente. Outra mudança, segundo a presidente, é que neste valor que a empresa vai receber será pelo serviço e não pelo número de vagas como era antes, ou seja, será possível estudar novas áreas de implantação do sistema, visto que não terá custo adicional e a licitação não tem um limite. “Temos atualmente 5.720 vagas do EstaR, mas neste novo modelo, podemos fazer alterações sem que impacte no custo do sistema, como é o caso da Carlos Gomes e da Rocha Pombo, locais que estão atualmente desassistidos”, destacou a presidente da Transitar.

Assim que a empresa começar o serviço todas as vagas serão monitoradas pelos veículos que estarão com o sistema OCR. Eles irão passar e verificar o tempo em que o veículo ficará na vaga, mas a multa no caso de ultrapassar duas horas na mesma vaga será emitida por um agente de trânsito em tempo real que fica dentro da central de monitoramento. “Nosso objetivo é ter um formato que promova a rotatividade da vaga que é a demanda que sempre recebemos do comércio”, salientou.

A fiscalização será feita com cinco viaturas da empresa e com agentes caracterizados. Outra mudança que a presidente explicou é que o veículo não pode permanecer por mais de duas horas em uma face de quadra, ou seja, não basta mudar de uma vaga para a outra na mesma quadra tem que ser em outra quadra, regra que visa justamente promover a rotatividade dos veículos. Neste novo formato, não terá cobrança do estacionamento de duas horas. Conforme Simoni, a multa só vai ocorrer se permanecer na vaga por mais de duas horas, podendo ser autuado por infração de trânsito grave, com perda de 5 pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação), multa no valor de R$ 195,23.

Novo contrato

Pelo o contrato a empresa deve fornecer os serviços em regime de locação por três anos, incluindo o sistema integrado de leitura automática de placas de veículos, processamento, leitura de dashboard, serviços de dados móveis, armazenamento, estatística e transmissão de dados, sendo que a empresa será responsável por fornecer o sistema, equipamentos e o serviço.

As imagens serão transmitidas para o Centro Integrado de Controle e Monitoramento, que além da questão da fiscalização das vagas, vai auxiliar na segurança pública, identificando pessoas e veículos que estejam sendo procurados. Outro ponto importante é que serão fiscalizadas vagas ocupadas irregularmente, como aquelas de curta duração, idosos e pessoas com deficiência, porque atualmente não tem como fiscalizar com o atual efetivo.

O modelo foi discutido com os comerciantes, ainda no ano passado, quando terminou o contrato antigo com a empresa que faziam a cobrança por meio dos parquímetros. Na época, já havia sido cogitado esse novo modelo, inclusive foi feita uma pesquisa entre os comerciantes para que eles indicassem a melhor forma de cobrança. A previsão inicial era de que a licitação fosse lançada até meados do mês de junho, mas acabou atrasando e ocorreu em setembro do ano passado.

Foto: Arquivo/Secom