Conseguir uma vaga de estacionamento na região central da cidade é sempre uma tarefa difícil, por isso, um novo modelo do EstaR (Estacionamento Regulamentado) foi contratrado e iniciou o funcionamento na segunda-feira (1º). A principal mudança é que, ao contrário do modelo antigo, que utilizava os parquímetros e/ou os cartões de estacionamento, o motorista não precisa pagar para estacionar, mas não poderá permanecer na vaga por mais de duas horas. A partir deste período, o veículo será multado por meio da fiscalização por videomonitoramento em tempo real.
De acordo com o encarregado de serviços do Cicom (Centro Integrado de Controle e Monitoramento 24 horas), André Fauth, a fiscalização será feita por meio de veículos que estarão circulando pelas as ruas equipados com câmeras que fará a leitura das placas. A cada duas horas o veículo do EstaR fará o confronto das placas que estavam no local e, caso o veículo esteja estacionado por mais de duas horas, será notificado com multa no valor de R$ 195,23 e cinco pontos na carteira.
O veículo da fiscalização esta equipado com uma câmera com OCR (reconhecimento de caractere óptico) e que faz a leitura da placa. Outra câmera faz a foto panorâmica para situar o veículo onde que ele está estacionado, para verificar qual o local correto que está estacionando. Já a terceira câmera é a de identificação de características, usada para a questão de segurança pública. Inicialmente, os trabalhos iniciam com apenas um veículo, mas chegará a cinco em 60 dias.
Outra mudança é que a vaga não é mais pelo número, mas pela a ‘face da quadra’ que ele está estacionado. Não basta mudar de uma vaga para a outra na mesma quadra tem que ser em outra quadra, regra que busca promover a rotatividade dos veículos.
Identificação
Segundo Fauth, todas as passagens que a pessoa tiver serão fotografadas e ficarão no sistema. “Caso uma pessoa esteja sendo procurada por algum órgão de segurança, eles querem saber a pessoa ali com uma camiseta preta e bicicleta, é só colocar esses itens na pesquisa, vai filtrar e todas as pessoas de camiseta preta e bicicleta que o carro passou por elas, vai puxar essas imagens e ser disponibilizado”, explicou.
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Conforme o encarregado, vale salientar que o carro não vai atuar somente nos horários de estacionamento regulamentado, também fará esse trabalho à noite inclusive com veículos que têm indicativo de força, ou seja, que tenham indicativos de furto ou de outros ilícitos. Nesse caso, vai soar um alarme para o agente que está conduzindo a viatura e que poderá entrar em contato com as forças de segurança e fazer a verificação do veículo.
Consórcio
Os trabalhos serão prestados pelo Consórcio Parcheggio Cascavel, por um prazo de 36 meses e valor total de R$ 6,5 milhões, que foi vencedor da licitação, sendo que o contrato foi publicado no dia 27 de junho em Diário Oficial do Município. Ele terá que fornecer o sistema integrado de dashboard, serviço de dados móveis, armazenamento, estatística e transmissão de dados, bem como a locação dos veículos que farão a ronda. Ela foi à terceira empresa aprovada na licitação e os testes iniciaram em maio, sendo que a previsão era iniciar os trabalhos na segunda quinzena de junho, mas acabou ficando para este mês de julho.
A presidente da Transitar, Simoni Soares, disse à equipe de reportagem do Jornal O Paraná ainda no mês de maio quando a empresa iniciou os testes que, no modelo antigo a autarquia teve um prejuízo de mais de R$ 1 milhão no último ano de funcionamento, e que as duas primeiras empresas que participaram do certame foram reprovadas: a primeira não apresentou a documentação e a segunda foi reprovada na fase de testes de avaliação técnica.
Remuneração pelo serviço
Outra mudança, segundo a presidente é que pelo valor a empresa vai receber pelo o serviço e não pelo número de vagas como era antes, ou seja, será possível estudar novas áreas de implantação do sistema, visto que não terá custo adicional e a licitação não tem um limite. Cascavel tem atualmente 5.720 vagas do EstaR, mas a ideia é ampliar sem que impacte no custo do sistema, como é o caso da Carlos Gomes e da Rocha Pombo, locais que estão atualmente desassistidos.
Ela lembrou que o modelo foi discutido com os comerciantes, ainda no ano passado, quando terminou o contrato antigo com a empresa que faziam a cobrança por meio dos parquímetros. Na época, já havia sido cogitado esse novo formato, inclusive foi feita uma pesquisa entre os comerciantes para que eles indicassem a melhor forma de cobrança.
