Cascavel: A Câmara de Cascavel aprovou o Projeto de Lei n° 130/21 que delega temporariamente ao Governo do Paraná a administração de trechos de vias urbanas do Município, para que o DER (Departamento de Estradas de Rodagens) possa realizar as obras de duplicação da BR-163 (Contorno Oeste) no entroncamento entre essa rodovia e a BR-277.
Segundo a Mensagem de Lei enviada pelo prefeito Leonaldo Paranhos, “as obras em questão serão de grande importância para o município de Cascavel, que receberá infraestrutura de acesso ao Contorno Oeste pela continuidade das Avenidas Brasil e das Torres”.
A duplicação do Contorno Oeste foi anunciada pelo prefeito em julho deste ano. As obras compreendem a duplicação de trecho da BR-163 entre as rodovias BR-277 e BR-467 e o prolongamento da Avenida Brasil até o Contorno Oeste.
A ligação começa no KM 208 da BR-163, passa pela Estrada Rural Chaparral, por um trecho da Avenida das Torres e, então, chega à principal avenida de Cascavel, na altura do Bairro Santa Cruz. São 4,79 quilômetros no total. A previsão é de que as obras sejam concluídas até agosto de 2022, quando termina o contrato da empreiteira com o governo federal. O valor do convênio para a extensão da avenida é de aproximadamente R$ 17 milhões, que serão pagos pela Itaipu.
O croqui do projeto disponibilizado pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) mostra que na prática o prolongamento seria da Avenida das Torres até a Estrada Chaparral, ligando com o Contorno Oeste e não da Avenida Brasil.
A questão é que, se de fato se tratasse de um prolongamento da principal avenida de Cascavel, a via teria de passar por um condomínio de luxo que fica nas proximidades. Assim, para seguir em frente, é preciso fazer curvas e mais curvas, e até pegar atalhos em outra avenida.
De acordo com o engenheiro responsável pela obra, Michel Metz, o projeto executivo foi elaborado com base em um anteprojeto da obra fornecido pelo próprio Dnit (que era responsável pela obra). O Dnit informou que o traçado foi definido levando em conta alguns “aspectos técnicos”, como tráfego, relevo, terraplanagem, drenagem, raios de curvatura mínimos, além, evidentemente, do custo.
Por conta disso, para a elaboração do traçado, consideraram a faixa de domínio existente como forma a reduzir o custo com desapropriações.
Por meio de um convênio com o Dnit, o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) se tornou responsável pela execução do projeto em novembro do ano passado.
Por: Mateus Barbieri