RIO – Começou há pouco nesta quinta-feira a reunião do Conselho de Administração da Petrobras para aprovar os resultados da companhia no primeiro trimestre deste ano. De acordo com executivos próximos, a reunião está acontecendo normalmente com a presença do presidente da Petrobras, Aldemir Bendine.
Os participantes da reunião não escondem, contudo, a preocupação quanto ao futuro da Petrobras e de seus diretores, com o afastamento da presidente Dilma Rousseff por 180 dias aprovada pelo Senado na madrugada de hoje. Bendine foi indicado para o cargo, que assumiu em fevereiro do ano passado, pela presidente Dilma.
A preocupação entre os conselheiros não é tanto em relação à simples troca de comando da Petrobras, mas a uma alteração no momento difícil que a companhia atravessa. Abalada pelo maior escândalo de corrupção de sua história revelado pela Operação Lava-Jato, em 2014, e com queda dos preços internacionais do petróleo, a companhia enfrenta sérias dificuldades financeiras.
No ano passado teve um prejuízo total de R$ 34,8 bilhões, e detém uma das maiores dívidas empresariais do mundo. No final de dezembro do ano passado, a dívida líquida ficou em R$ 391,9 bilhões,. Em dólar o endividamento líquido ficou em US$ 100 bilhões.