Cotidiano

Carne de frango: Paraná responde por 40% do total exportado no Brasil

Apesar do incremento de 2,3% no volume em um ano, o Paraná apresenta queda de 7,6% na receita, que totalizou US$ 1,2 bilhão no primeiro semestre do ano, equivalente a 39,4% do total nacional

Carne de frango: Paraná responde por 40% do total exportado no Brasil

Cascavel – Encerrado o primeiro semestre de 2020, o rol das 22 Unidades Federativas (UFs) exportadoras de carne de frango não apresenta muitas alterações em relação a meses anteriores, mas reforça o avanço contínuo das exportações paranaenses, agora respondendo por 40,27% do volume exportado pelo Brasil e por quase 40% da receita cambial do produto.

Para se ter uma ideia, no primeiro semestre de 2010, saiu do Paraná volume correspondente a 26,5% do total exportado pelo Brasil naquele período. E, nessa década, as exportações brasileiras aumentaram 20%.

Graças, sobretudo, a essa evolução, a participação da Região Sul nas exportações totais, que era inferior a 74% em 2010, agora se encontra em quase 80,5%. Ou seja: a participação catarinense recuou de 26,4% para 24% e a do Rio Grande do Sul de 20,9% para 16,17%.

Apesar do incremento de 2,3% no volume em um ano, o Paraná apresenta queda de 7,6% na receita, que totalizou US$ 1,2 bilhão no primeiro semestre do ano, equivalente a 39,4% do total nacional.

Com a queda expressiva de Santa Catarina, a Região Sul exportou 5,9% a menos nesse primeiro semestre na comparação com 2019, mesmo assim respondendo por 80,5% do volume nacional exportado, com queda mais acentuada na receita (-15,3%).

 

Com alta de 24,5%, exportações do agronegócio batem recorde

São Paulo – As exportações do agronegócio foram recordes para os meses de junho em junho de 2020, com registros de vendas externas de US$ 10,17 bilhões. Houve crescimento de 24,5% em relação às exportações em junho de 2019 (US$ 8,17 bilhões).

De acordo com o Boletim da Balança do Agronegócio, divulgado nessa sexta-feira (10) pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Scri-Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), essa é a primeira vez da série histórica (1997-2020) que as exportações do agro haviam ultrapassado US$ 10 bilhões para meses de junho.

O principal setor responsável pelo crescimento das exportações foi o complexo soja. As vendas externas do setor subiram de US$ 3,53 bilhões em junho de 2019 para US$ 5,42 bilhões em junho de 2020, o que representa alta de 53,4%, ou quase US$ 1,9 bilhão de crescimento em valores absolutos. Para efeito de comparação, as exportações do agronegócio cresceram US$ 2 bilhões comparando-se junho de 2019 e junho de 2020.

A exportação de soja em grãos (13,8 milhões de toneladas) teve grande influência nesses valores, alcançando US$ 4,67 bilhões em junho de 2020, com expansão de 5,2 milhões de toneladas sobre junho de 2019. A SCRI também ressalta a retomada das exportações de açúcar, que subiram quase 1,5 milhão de toneladas relativo aos dois períodos.

Destinos

A China foi o principal país responsável pela expansão do volume exportado pelo Brasil, adquirindo 70% da soja em grãos brasileira em junho. O país asiático elevou ainda as aquisições de produtos do agronegócio brasileiro em US$ 1,3 bilhão entre junho de 2019 e junho de 2020: 65% do crescimento em valores absolutos das exportações brasileiras do agronegócio observados junho de 2019 e junho de 2020.

O agronegócio brasileiro aumentou sua participação nas exportações brasileiras de 44,4% (junho-2019) para 56,8% no mês. Por sua vez, as importações do agronegócio diminuíram de US$ 984,55 milhões (junho 2019) para US$ 826,28 milhões em junho de 2020 (-16,1%). Com isso, o saldo da balança atingiu US$ 9,3 bilhões.

Venda de carnes também é inédita

As vendas externas de carnes foram de US$ 1,41 bilhão (4,5%). O volume exportado de carnes foi recorde para os meses de junho (626,5 mil toneladas). A carne bovina representou mais da metade do valor exportado de carnes, com registros de US$ 742,56 milhões. Tanto o valor mencionado como o volume (176,6 mil toneladas) foram recordes para os meses de junho.

A carne suína também apresentou valor e volume recordes em vendas externas para o mês de junho. As exportações foram de US$ 196,86 milhões, com volume de 95 mil toneladas.

Já as exportações de carne de frango foram de US$ 438,23 milhões (-32,1%), com queda de 13,6% no volume exportado e redução de 21,4% no preço médio de exportação.

A China se destacou mais uma vez nas aquisições de carnes brasileiras, tendo importado metade da carne bovina e suína exportada pelo Brasil. A participação da China nas aquisições de carne de frango também foi relevante, chegando a 23,7% do total exportado.

Governo e JBS discutem investimentos no Paraná

O governador Carlos Massa Ratinho Junior conversou nessa semana com executivos da JBS, uma das líderes globais da indústria de alimentos, sobre investimentos da ordem de R$ 800 milhões que a empresa prevê realizar no Paraná nos próximos anos. O objetivo é ampliar a produção de frangos em alguns municípios que já contam com filiais da empresa.

O governador citou o crescimento de 6,9% da indústria alimentícia no Estado nos primeiros cinco meses de 2020, apesar da crise econômica, e disse que o setor é fundamental para manter empregos e o consumo no comércio. A produção avícola paranaense atingiu marca de 1,87 bilhão de frangos abatidos em 2019, aumento de 6,43% em relação a 2018.

O objetivo da empresa é ampliar as plantas de Jaguapitã, Santo Inácio e Rolândia. A JBS também está presente em Campo Mourão, Carambeí, Colorado, Curitiba, Jacarezinho, Lapa, Londrina, Ponta Grossa e Santa Fé.

Portos do Paraná fecham semestre com alta de 13% na movimentação

Paranaguá – Os Portos do Paraná movimentaram 28,1 milhões de toneladas de cargas, no primeiro semestre de 2020. O número confirma uma série de recordes alcançados pelos terminais de Paranaguá e Antonina nos primeiros seis meses do ano e é 13% maior que o registrado no mesmo período de 2019, quando foram 25 milhões de toneladas.

O maior crescimento foi nas exportações: 18%. Cerca de 18,5 milhões de toneladas de cargas saíram do Brasil pelos portos paranaenses. No ano passado, esse volume foi de 15,7 milhões de toneladas.

“Tivemos um semestre excelente para a atividade portuária. O dólar alto, a grande demanda por grãos e o tempo seco favoreceram as exportações. Além disso, os cuidados adotados no combate ao coronavírus foram essenciais para dar a segurança necessária para produtores, compradores e trabalhadores, de que o porto continuaria funcionando”, destaca Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da Portos do Paraná.

A exportação de soja respondeu por 33% de toda a movimentação de 2020. Foram 9,2 milhões de toneladas carregadas. Alta de 59% em relação ao exportado entre janeiro e junho de 2019, quando foram 5,8 milhões de toneladas.

Entre os granéis líquidos de exportação, os derivados de petróleo apresentaram alta de 64%, com um volume movimentado de quase 366,8 mil toneladas, no primeiro semestre. Nos óleos vegetais, principalmente de soja, o aumento registrado foi de 45%. Foram 631,4 mil toneladas exportadas este ano.

Importações

As importações nos portos paranaenses cresceram 4% no primeiro semestre. Cerca de 9,6 milhões de toneladas de cargas entraram no Brasil pelos portos de Paranaguá e Antonina. Em 2019, no mesmo período, o volume de carga desembarcado foi de 9,2 milhões de toneladas.