O Brasil pode se tornar o principal produtor mundial de combustível sustentável de aviação (SAF), segundo especialistas no evento paralelo da 15ª Clean Energy Ministerial e 9ª Mission Innovation, que ocorrem durante a Reunião Ministerial de Energia do G20, em Foz do Iguaçu (PR).
Enio Verri, diretor-geral da Itaipu, ressaltou que a produção em escala de SAF está a caminho. Erasmo Battistella, presidente da Aprobio, afirmou que o Brasil pode ser a “Arábia Saudita do SAF”, destacando a experiência com biocombustíveis desde os anos 70.
A princípio, a nova lei do programa Combustível do Futuro, que será promulgada na próxima quinta-feira (3), estabelece que, a partir de 2027, os operadores aéreos devem reduzir as emissões de gases de efeito estufa em voos domésticos, começando com 1% e atingindo 10% em 2037.
A Itaipu Binacional apoia pesquisas em biogás e hidrogênio verde, sendo sede da primeira planta de produção de SAF no Brasil, inaugurada em junho.
Entretanto, com investimento de 1,8 milhão de euros do governo alemão, a planta produzirá 6 kg por dia de bio-syncrude.
Verri destacou a necessidade de evoluir rapidamente para garantir viabilidade de mercado.
Heloísa Borges Esteves, da EPE, comentou que o SAF representa a nova fronteira dos biocombustíveis, ressaltando a importância de equilibrar tecnologia, mercados e políticas públicas.
Do mesmo modo,Tarcísio Soares, da Airbus, mencionou que os aviões atuais usam um quarto do combustível dos anos 70 e que a expectativa é chegar a 100% de SAF entre 2030 e 2035.
Por fim, o evento também contou com representantes do Fórum Econômico Mundial e da OACI.
Fonte: Itaipu Binacional