Brasília – A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) propôs nessa terça-feira (23) novos valores para o sistema de bandeiras tarifárias. O mecanismo representa se haverá ou não cobrança adicional nas contas de luz dos consumidores, a depender das condições de fornecimento de energia elétrica do País. Os reajustes ainda vão passar por consulta pública.
Pela proposta, as taxas cobradas quando a agência acionar a bandeira vermelha irão aumentar. No patamar 1, a taxa adicional pode subir de R$ 4,169 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos para R$ 4,599 – aumento de 10%. No patamar 2, o mais caro do sistema, o reajuste pode chegar a 21%, passando de R$ 6,243 a cada 100 kWh para R$ 7,571.
O relator do processo, diretor Sandoval Feitosa, afirmou em seu voto que as elevações nessas faixas eram esperadas porque os custos da operação refletem indexadores econômicos, como a inflação. Também pesaram os valores dos contratos das usinas termoelétricas, que são acionadas quando há restrições na geração de energia mais barata.
Ele ressalta que, apesar dos aumentos serem mais expressivos nesses patamares, a frequência dos acionamentos da bandeira vermelha “tende a ser menor”.
No caso da bandeira amarela, a previsão é de redução de 26% no valor. A cobrança passaria de R$ 1,343 a cada 100 kWh para R$ 0,996. Isso foi possível, segundo o relator, porque parte dos elementos que são considerados para a revisão das bandeiras foram incorporados nos reajustes tarifários das distribuidoras nos últimos dois anos.
A proposta passará por consulta pública desta quarta-feira até 7 de maio e poderá ser modificada. Após essa fase, a diretoria votará uma proposta final para os valores das bandeiras tarifárias para 2021.