O estado do Paraná passa pela pior crise hídrica dos últimos anos. A seca é geral e também assola o município de Cascavel. O pó acumulando nos móveis, a umidade relativa do ar em números cada vez mais preocupantes e até a falta de água nas torneiras em alguns bairros da cidade são reflexos que a falta de chuva tem causado.
No entanto, mesmo com o cenário crítico, a Sema (Secretaria de Meio Ambiente) alerta para que os cascavelenses não recorram às fontes de água espalhadas pela cidade para reabastecerem suas casas. Segundo a Sema, a água desses locais é imprópria para o consumo conforme análises técnicas, portanto, podem gerar riscos à população. De acordo com o laudo divulgado pela Fundetec no ano passado foram encontradas impurezas e bactérias nocivas ao cidadão, inclusive coliformes fecais, em todas as fontes do Município.
Atualmente, Cascavel tem 17 fontes. Contudo, apenas oito ainda possuem água, o restante já sofre as consequências da estiagem e estão secas. As fontes estão nos bairros Padovani, Brasília, Brasmadeira, Jardim União, Guarujá, Jardim Universitário, Parque Tarquínio, Parque Vitória, Cataratas, Cascavel Velho, Santos Dumont, Santa Maria, Praça Mosaico, Morumbi, Pacaembu e a mais conhecida de todas, a fonte no Lago Municipal.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sanepar, IAT (Instituto Água e Terra), Ministério Público, vereadores e ONGs formam o Comitê Gestor dos Recursos Hídricos e trabalham em conjunto para viabilizar melhorias. A Sanepar, inclusive, já está em processo de licitação para a recuperação das nascentes, visando contornar esse problema das fontes contaminadas em perímetro urbano do Município.
A Sema pede aos cascavelenses uma mobilização coletiva, com o uso consciente da água, principalmente neste momento de seca.