O abastecimento de água para atender cerca de 3,6 milhões de moradores de Curitiba e Região Metropolitana, que consomem diariamente uma média de 770 milhões de litros de água, exige uma engenharia complexa, da captação à torneira na casa dos consumidores. Todo o caminho envolve uma ampla rede de 16,4 mil quilômetros de tubulação, quatro barragens, cinco estações de tratamento, 82 elevatórias de água tratada, quatro elevatórias de água bruta e 48 reservatórios.
O gerenciamento desse sistema é feito pelo Centro de Controle Operacional (CCO), que administra os níveis dos reservatórios de água tratada e o funcionamento regular de toda a malha de distribuição. São 739 pontos de monitoramento de pressão somente na rede de distribuição.
Além da estrutura de captação e armazenamento de água bruta, tratamento, reservação e distribuição de água tratada, a Companhia mantém um rigoroso controle de qualidade. A cada mês, no Sistema Integrado de Abastecimento de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC) são realizadas, aproximadamente, 20 mil análises de água que envolvem 109 parâmetros.
O SAIC atende Curitiba e outras cidades da Região Metropolitana: Almirante Tamandaré, Araucária, Campina Grande do Sul, Colombo, Fazenda Rio Grande, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras e São José dos Pinhais.
BARRAGENS – A pouca disponibilidade hídrica da Região Metropolitana levou a Sanepar a adotar o modelo de barragens para o armazenamento de água. No período de chuvas, no verão, elas acumulam o máximo de água para assegurar o abastecimento no período mais seco, o inverno.
São quatro barragens – Piraquara I, Piraquara II, Iraí e Passaúna, que somam 150 bilhões de litros. As barragens têm comportas de abertura e fechamento da passagem da água. Essa operação é feita conforme a influência das chuvas, dos rios e a temperatura, variáveis que são analisadas de duas a três vezes por dia.
Mas, antes de armazenar, a Sanepar precisa captar a água e tem feito isso com estruturas cada vez mais complexas. No final do ano passado, a Companhia começou a operar o sistema de transposição do Rio Capivari, que leva água até a Bacia do Iraí em uma distância de 26,7 quilômetros. Foram construídos 10 quilômetros de tubulação até um afluente do Rio Timbu que faz o restante do trajeto até a barragem do Iraí.
Um sistema de três bombas e mais quatro motores, bombeia a água para superar a altitude de 122 metros do Morro do Roseira e fazer a transposição de uma bacia a outra.
Depois da captação e da reservação a água precisa ser tratada. São cinco estações de tratamento que atendem à Região Metropolitana de Curitiba, funcionando 24 horas por dia. A maior delas, a Estação de Tratamento de Água (ETA) Iguaçu, produz 3,6 mil litros de água por segundo. Inaugurada em 26 de março de 1969, é a mais antiga em operação e a maior do Paraná. Responsável por 40% da água produzida no SAIC, abastece quase 2 milhões de pessoas.
Assim que a água bruta entra na estação, passa por processos de coagulação, floculação, separação sólido-líquido, filtração, desinfecção e fluoretação. Após essas fases está pronta para ser distribuída.
ELEVATÓRIAS – Para sair das estações de tratamento e chegar aos 48 reservatórios distribuídos em Curitiba e mais oito municípios da região e, dali, à casa dos moradores, a água precisa vencer diferenças de altitude e ter força para circular pela rede de tubulação que soma quase 17 mil quilômetros.
Esse processo ganha o reforço das estações elevatórias, que são estruturas de bombeamento. São 82 elevatórias de água tratada e a maior delas, a do reservatório Corte Branco, foi reestruturada para aumentar em 30% sua capacidade de transferência. A unidade, que fica no bairro Uberaba, na Capital, envia água para os reservatórios do Xaxim e do Portão, beneficiando a população desses dois bairros, além da Caximba, Campo de Santana, Tatuquara e CIC.
CONTROLE DE QUALIDADE – Os 48 reservatórios da Sanepar no SAIC, garantem o armazenamento de 394 milhões de litros de água tratada que só chegam às torneiras dos consumidores depois de passar por um rigoroso controle de qualidade. As análises envolvem 109 parâmetros divididos em físico-químicos, microbiológicos, orgânicos e metais e são feitas na captação, na saída das estações de tratamento e nas redes de distribuição.
Por mês, a água que abastece o SAIC passa por aproximadamente 20 mil análises feitas no Laboratório Central da Sanepar, em Curitiba, e nas ETAs. A periodicidade varia de acordo com o parâmetro, sendo feitas a cada duas horas, durante 24 horas por dia, ou semanais, mensais, trimestrais, de forma a assegurar que a água distribuída esteja em conformidade com os padrões de qualidade definidos pelo Ministério da Saúde.
O caminho das águas da Sanepar até o cliente é seguro e eficiente. Além de uma ampla e complexa estrutura que assegura o abastecimento regular, a água que chega aos consumidores tem a garantia de qualidade. Água boa para beber e sempre disponível.
O caminho das águas na RMC
Captação
Reservação (barragens)
Tratamento (ETAs)
Distribuição (redes e elevatórias)
Armazenamento (reservatórios)
Distribuição (redes e elevatórias)
Controle operacional (CCO)
Controle de qualidade (Laboratório Central e ETAs)
Pontos de consumo
Os números ao longo do trajeto
16,4 mil quilômetros de rede
3,6 milhões de pessoas atendidas
770 milhões de litros de água consumidos por dia
Quatro barragens (Iraí, Passaúna, Piraquara I, Piraquara II)
Cinco estações de Tratamento de Água
86 elevatórias (82 de água tratada e quatro de água bruta)
48 reservatórios de água tratada
739 pontos de monitoramento de pressão
20 mil análises/mês para controle de qualidade
109 parâmetros analisados
AEN