Cascavel – Neste dia 1º de maio começa o prazo para a última campanha de vacinação contra a aftosa no Paraná. Até o dia 31 de maio os pecuaristas precisam vacinar bovinos e bubalinos de até 24 meses de idade. Em Cascavel, a partir das 8h de quinta (2) e sexta (3), fiscais da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná) estarão em lojas agropecuárias orientando os produtores rurais sobre a vacinação.
A campanha atual possui duas novidades. Além da dosagem da vacinação ser de apenas 2 ml por animal, e não mais 5 ml, a campanha de maio de 2019 é a última no Estado. O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) aprovou a antecipação da retirada da vacina contra febre aftosa em reunião realizada nos dias 24 e 25 de abril, em Curitiba, com representantes do órgão federal e diversas entidades do setor agropecuário do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso, que integram o Bloco V do Pnefa (Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa).
O processo para a transformação do Paraná em área livre, que permite atender a mercados muito mais exigentes e vender os produtos agropecuários por um valor mais alto, começou em 2018, quando o Mapa realizou auditorias necessárias para que seja encaminhado o pedido do Paraná à OIE (Organização Mundial de Saúde Animal). O resultado das duas auditorias foi excelente. O serviço de defesa agropecuária do Paraná foi o mais bem avaliado do Brasil, melhor até do que Santa Catarina, único Estado brasileiro reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação. Agora o processo tramita até maio de 2021, quando a OIE em assembleia reconhecerá o Paraná como área livre.
Serviço
O que: Orientação sobre vacinação
Quando: Quinta-feira
Onde: Coopavel: BR-277, 591 – Parque São Paulo
Primato: Av. Brasil, 1176 – Bairro São Cristóvão
Quando: Sexta-feira
Onde: Plantar: Rua Uruguai, 155 – Alto Alegre
Exportação de gado vivo se torna um mercado em potencial
O avanço econômico de países árabes, as projeções de crescimento da África e o aumento da demanda da China têm chamado a atenção do Brasil para uma atividade em franca expansão, apesar de ainda pouco explorada: a exportação de gado vivo.
O assunto esteve na pauta da reunião da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) no dia 16 de abril. Na ocasião, o presidente da Abreav (Associação Brasileira de Exportadores de Animais Vivos), Ricardo Pereira Barbosa, apontou uma perspectiva de aumento de 25% na comercialização de gado vivo entre diversos países nos próximos anos.
Com isso, o mercado internacional de bovinos vivos, que fechou 2018 com 4,8 milhões de cabeças embarcadas, deve ultrapassar a casa das 6,5 milhões exportadas em 2020. “Dos 20 países que mais crescem no mundo, 12 são predominantemente muçulmanos. A África tem projeções de crescimento e a pecuária é uma das bases. A China tem sete frigoríficos em construção. É um cenário muito positivo. A demanda vai aumentar significativamente nos próximos dois anos”, avalia Barbosa.
De certa forma, por questões religiosas, essas nações optam por importar gado vivo em vez de comprar carcaças já abatidas. “Os países muçulmanos preferem comprar os animais e abatê-los lá, do jeito que eles quiserem, de acordo com os preceitos religiosos deles”, apontou.
Mas em outros países, os motivos são variados, como falta de infraestrutura de armazenamento refrigerado, menores custos de processamento e a possibilidade de aproveitamento de todas as partes dos animais – não só a carne.