RIO – A nova Praça Mauá, reinaugurada há pouco menos de um mês, após quatro anos em obras, já caiu no gosto de cariocas e turistas. Por mais que a melhora seja visível, no entanto, antigos problemas da região, como estacionamento irregular, flanelinhas, imóveis invadidos ou abandonados e a insegurança no entorno, sobretudo à noite, continuam sem solução.
Ontem, com o dia de sol, o patrulhamento na praça estava reforçado pela manhã e à tarde: pelo menos 15 guardas municipais com três carros e dois PMs garantiam a segurança. Mas, nas ruas próximas, não havia policiais. Além disso, flanelinhas atuavam sem qualquer repressão. Alguns visitantes e turistas se mostravam preocupados.
Moradora de Niterói, a artista plástica Suzana Regina Ranti atravessou a Baía Guanabara de barca até a Praça Quinze. De lá, caminhou um trecho de cerca de dois quilômetros até a Praça Mauá sem encontrar patrulhas da PM e da Guarda Municipal.
Achei o lugar muito lindo, mas é tenso caminhar pelo Centro. As ruas estavam desertas. Vi moradores de ruas e alguns jovens perambulando, que aparentavam estar sob efeitos de drogas. Fiquei com muito medo disse Suzana.
A 50 metros da Praça Mauá, flanelinhas cobravam entre R$ 5 e R$ 20 pelo estacionamento. Eles atuavam em vias internas como as ruas Alcântara Machado e dos Beneditinos. Por volta das 12h40m, a equipe de reportagem flagrou o momento em que cinco flanelinhas permaneceram impassíveis, mesmo após a aproximação de uma dupla de guardas municipais em um carro elétrico. A cena aconteceu na Avenida Venezuela, perto da esquina com a Rua Edgard Gordilho.
Os imóveis abandonados ou invadidos, além da insegurança à noite, também preocupam moradores e comerciantes.
Melhorou muito, mas à noite ainda há muita gente estranha na praça. Assaltos não são raros disse um comerciante, que pediu anonimato.
Há uma semana, a cadelinha Floc passeava pela praça quando, por um descuido de seu dono, caiu nas águas da Guanabara. Por sorte, o animal foi resgatado por homens do Comando de Policiamento Ambiental (Cpam) que passavam em uma embarcação. Usado por turistas que tiram fotos diante da hashtag cidade olímpica”, o local não tem qualquer tipo de proteção ou alerta para o risco de queda. Com isso, virou ponto de mergulho nas águas poluídas.
Na manhã de ontem, três crianças pulavam de cabeça em meio a manchas de óleo dos navios que atracam ao longo do cais. Com o forte calor, o trio aproveitava para se refrescar. Moradores da Praça da Harmonia única das cinco praças do bairro da Saúde que possui área de lazer infantil, embora com brinquedos velhos e danificados , eles repetiram a brincadeira de outros cinco adolescentes que, no sábado à tarde, transformaram o local em trampolim.
Moradora do Flamengo, a advogada Carmen Breitinger, cobra a instalação de placas de sinalização e o acompanhamento das autoridades para que acidentes sejam evitados:
Em qualquer ponto turístico do mundo há placas informando sobre perigo. É um risco desnecessário.
SEM FISCALIZAÇÃO, ÁREA VIRA PONTO DE SALTOS NA BAÍA
Há uma semana, a cadelinha Floc passeava na Praça Mauá, no Centro, quando por um descuido do seu dono caiu na Baía de Guanabara. Por sorte, o animal foi resgatado por homens do Comando de Policiamento Ambiental (Cpam), que passavam num jet ski. O local, que é usado por turistas que tiram selfies da nova frente marítima do Rio, não tem nenhum tipo de proteção ou alerta para o risco de queda. Além disso, tem se tornou um ponto de salto nas águas da Baía de Guanabara.
Na manhã de ontem, três menores pulavam em meio a manchas de poluição e de óleo. Mesmo diante do risco de que se machucassem, eles não foram alertados pelos agentes que faziam o patrulhamento na praça.
Diante de sol escaldante, o trio aproveitava para se refrescar. Eles não estavam acompanhados dos responsáveis e contaram que são moradores da Praça Harmonia. No sábado à tarde, outros cinco menores saltavam no local.
Quem passava pela praça assistia à cena com preocupação.
A moradora do flamengo, a a advogada Carmen Breitinger, cobra a instalação de placas de sinalização e o acompanhamento das autoridades para que acidentes sejam evitados.
Em qualquer ponto turístico do mundo, há placas informando sobre perigo. Além dos meninos que saltam, também há muitas pessoas que tiram selfies ou que passam distraídas e que correm o risco de se machucar afirma.