RIO ? A prefeitura do Rio lança nesta terça-feira uma campanha para orientar cariocas a não alimentarem os pombos da cidade. Batizada de ?Criptococose: não seja cúmplice?, a ação, organizada pela Vigilância Sanitária do Município, tem o objetivo de informar sobre os riscos que a superpopulação de pombos pode provocar à saúde, além de oferecer alternativas para afastar as aves e diminuir os riscos.
De acordo com a Vigilância, entre as principais zoonoses que o pombo provoca está a criptococose. A doença é considerada a mais grave porque ataca as vias respiratórias: o ser humano inala a poeira das fezes ressecadas do pombo, que são carregadas de fungos prejudiciais à saúde. As outras zoonoses provocadas pelo contato com as fezes são histoplasmose, clamidiose, salmonelose, dermatites e alergias.
A partir de 9h até 13h, técnicos do setor de zoonoses estarão na Cinelândia distribuindo panfletos aos pedestres e dando exemplos de como todos podem contribuir para equilibrar a população de pombos na cidade. Segundo a Vigilância Sanitária, a campanha tem como principal objetivo pedir à população para não alimentar o pombos, nem oferecer abrigo aos animais. De acordo com a Vigilância, a ?abundância de alimentos e a facilidade de acomodação? fazem com que o pombo se reproduza rapidamente, levando a um descontrole e e surgimento de zoonoses (doenças que os animais transmitem aos homens).
Além de provocar doenças, as fezes dos pombos causam danos em pinturas, superfícies metálicas, monumentos e fachadas; e contaminam água e alimentos, tornando-os impróprios para consumo, Em locais onde os pombos são alimentados ocorre a proliferação de roedores e insetos, que podem trazer outras doenças.
Segundo a Vigilância, a campanha ?Criptococose: não seja cúmplice? também orienta a não maltratar os animais e dá dicas para afastá-los sem machucá-los, como, por exemplo, manter os locais em que eles pousam inclinados, instalar produtos para dificultar o pouso (como graxas) e fechar com tela os espaços usados como abrigos.
Casos de superpopulação de pombos podem ser informados à prefeitura, que irá providenciar a visita de técnicos da Vigilância Sanitária ao local. A visita pode ser solicitada pela central de atendimento 1746. Somente em 2016, os técnicos já atenderam 257 denúncias. Em 2015 foram 778.