OBRAS

Emissário para drenar água da Carlos Gomes começa a ser construído perto da Unioeste

Saiba mais sobre o problema do acúmulo de água em Cascavel e as soluções propostas pela prefeitura para resolver a situação - Foto: Divulgação
Saiba mais sobre o problema do acúmulo de água em Cascavel e as soluções propostas pela prefeitura para resolver a situação - Foto: Divulgação

Cascavel - O acúmulo de água que passou a ser rotina para comerciantes e moradores, após a finalização da obra que revitalizou a Avenida Carlos Gomes, é uma preocupação bastante latente da comunidade, que há meses cobra soluções. Em fevereiro, durante coletiva de imprensa, o secretário municipal de Serviços e Obras Públicas, Sandro Rocha Rancy, afirmou que para resolver o problema da aguaceira, dois novos emissários – que são tubulações usadas para transportar águas residuais – teriam que ser construídos para aumentar o tamanho das galerias que transportam esta água.

Ontem (22) iniciou a construção do primeiro deles, na Rua Rubens Lopes, entre a Avenida Carlos Gomes e a Rua Integração, próximo à Unioeste. Funcionários da empresa estão escavando o local que vai receber manilhas com volume maior, já que este é um dos pontos importantes de apoio para o escoamento da água. Para que o serviço possa ser feito, o trecho foi interditado, devendo ficar assim pelo menos até a próxima quarta-feira (30), dependendo do andamento da obra.

Vias alternativas

Por causa da interdição, motoristas que trafegam pela região precisam encontrar vias alternativas. Neste primeiro dia de interdição, os funcionários já haviam feito a escavação de grande parte da via, deixando visível a abertura de espaço para a colocação de manilhas. O trecho da Rua Rubens Lopes com a Rua Imigração também está interditado.

Além deste local, será construído ainda outro emissário na região do Parque Tarquíneo, entre as Ruas Castro Alves e Prudente de Moraes.

Aditivos

Devido aos novos serviços, está em fase de confecção de aditivos de três grandes intervenções para pagar o aumento do número de bocas de lobo ao longo de toda a avenida para retirar a água da pista que já foi feito e a construção dos dois novos emissários. Não tem prazo para que estas obras sejam concluídas.

Segundo Rancy, isso ocorreu porque a obra aumentou a impermeabilização urbana – que hoje já está na casa dos 90% na área central – e as águas das chuvas – cada vez mais intensas – são direcionadas para as galerias pluviais construídas há muitos anos, quando a realidade da permeabilidade do solo era outra. Além disso, existem as mudanças climáticas, cada vez mais presentes e o verão chuvoso que registrou frequentes bombas d’água.

Os aditivos ainda não foram publicados no Diário Oficial do Município, mas ainda em fevereiro o secretário municipal disse que estavam trabalhando com um valor na casa dos R$ 5 milhões, o que corresponde a cerca de 10% da obra.

Em médio prazo, para aumentar a drenagem urbana, novas obras devem se estender ainda para os bairros Neva e Vila Toletino, na extensão do Córrego Quati, que deverá receber a mesma infraestrutura que foi utilizada na Rua Indira Gandhi, aonde foram instaladas estruturas de concreto e bueiros de ‘3×3’. Na baixada da Rua Salgado Filho, no bairro Cancelli, deverá ser construída uma ponte, semelhante à que está sendo feita no bairro 14 de Novembro.

Todas as informações foram repassadas dias antes de o secretário e representantes da empreiteira irem à Câmara explicar os problemas da avenida, após convocação da Comissão de Viação e Obras Públicas. A convocação foi feita após os vereadores Cidão da Telepar, Edson Souza e Sadi Kisiel, constatarem diversos problemas que comprometem a segurança e a mobilidade na avenida, como a ausência de um sistema de drenagem eficiente, pontos de ônibus abaixo do nível do asfalto e iluminação insuficiente.

Novo prazo

O complexo da obra que era para ter sido entregue no dia 5 de abril teve o prazo prorrogado que termina no dia 20 de maio, já que foi ampliado em 45 dias. A obra, que iniciou no dia 18 de setembro de 2023, tem ainda alguns detalhes para serem finalizados, como as calçadas, ciclofaixa e ajardinamento. Em números, 100 mil cascavelenses trafegam pela via diariamente, sendo que ao todo, 25 mil veículos por dia, além de 10 mil usuários de transporte coletivo em cerca de 300 viagens de ônibus.

O que também não foi concluída é a sinalização que indica a obrigação de fazer o looping de quadra seguindo o modelo das três principais avenidas da cidade – Brasil, Tancredo Neves e Barão do Rio Branco – que tiveram mudanças consideráveis depois de serem revitalizadas. Além disso, a semaforização que ainda está sendo instalada deve contemplar a famosa onda verde.

As obras foram licitadas pelo custo inicial de R$ 51.144.674,40, montante que será pago com recursos que foram emprestados ao Município pelo Banco Fonplata por meio do PDU (Programa de Desenvolvimento Urbano).