NA CAPITAL

Chumbo trocado: Leprevost acusa Moro após ‘prejuízos’ à sua campanha a prefeito

Moro, Rosangela e Leprevost ainda no início da campanha eleitoral. Foto: Reprodução/Redes Sociais
Moro, Rosangela e Leprevost ainda no início da campanha eleitoral. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Curitiba – O deputado estadual Ney Leprevost (União Brasil), disse que o senador Sergio Moro (União Brasil) “atrapalhou bastante” sua campanha à Prefeitura de Curitiba. Leprevost tinha a mulher de Moro, Rosângela Moro, como candidata a vice. Eles terminaram o primeiro turno em 4º lugar.  O clima esquentou entre os dois após uma entrevista de Leprevost, na qual o parlamentar colocou na conta do ex-juiz Lava Jato o desempenho na disputa à prefeitura de Curitiba no pleito de 2024.

Ney e Rosangela somaram pouco mais de 60 mil votos. O deputado estadual afirmou que o senador Moro é “ruim de lidar” e que pouco ajudou na campanha. “Moro atrapalhou bastante. Não que seja culpa dele o fato de eu não ter vencido, mas ele atrapalhou bastante. E ele é ruim de lidar, de difícil trato, vaidoso”, disse Leprevost.

“Acho que eu comecei a perder a campanha quando cometi o erro de aceitar o pedido do União Brasil nacional de colocar a mulher do Moro de minha vice. Eu gosto da Rosângela, ela é boa gente, uma querida. Mas o Moro atrapalhou. Ele começou a achar que o candidato era ele. E ele agregou muita rejeição à campanha. Porque ele é visto em Curitiba como o carrasco do Lula e o traidor do Bolsonaro. Não sou inimigo do Moro, não quero o mal dele, mas também não quero papo com ele”. Disse ainda que se o senador for candidato a governador, ele irá sair do União Brasil.

Moro reage

Horas depois, o Senador Sergio Moro reagiu às falas de Leprevost e classificou Ney como um “político velho” e disse que ele não soube se “conectar com o eleitorado” da cidade. “Embora ele seja uma pessoa relativamente nova, se apresentou como um político velho, sem posições definidas de maneira clara. Ao invés de assumir uma posição clara de direita, ou se fosse o caso até de esquerda, ele ficou com posições políticas indefinidas”, disparou o senado. Para o ex-juiz da Lava Jato, “ele agora está buscando uma desculpa para a derrota, mas mostra apenas que ficou pequeno politicamente e também pensa pequeno como pessoa. Eu praticamente não apareci na propaganda eleitoral dele. A gente estava disposto a ajudar na campanha, mas ele optou por correr sozinho”.

O senador foi além e em uma rede social, teceu mais críticas ao deputado paranaense. “Ney Leprevost não conseguiu nem eleger o irmão vereador e quer, com mentiras, transferir a responsabilidade pelo fracasso de sua candidatura a prefeito a terceiros. A verdade é uma só: convidou e insistiu para que Rosangela fosse sua vice. Após um pedido da direção nacional do partido, entramos para ajudar, o que estancou a queda do candidato nas pesquisas”.

E completou: “O problema é que a população não aguenta mais a velha política de candidatos que se apresentam sem posições claras. Ney aventurou-se na busca por eleitores de todos os lados e junto com seu irmão recebeu nas urnas o que merecia. Repudio os ataques pessoais que fez contra mim, mas o recado a ele já foi dado pelo povo de Curitiba, povo este que agradeço pelo carinho e apoio que sempre me deu, seja no contato pessoal ou nas urnas, com os quase dois milhões de votos para o Senado”.

Quanto a 2026, Moro informou que será uma decisão que vai ser tomada mais adiante.

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Deputados do Paraná vão vai discutir sanções administrativas aos Institutos de Pesquisas

Tramita na Alep (Assembleia Legislativa do Paraná), o Projeto de Lei n° 584/2024, que estabelece sanções administrativas aos institutos de pesquisas. De acordo com o autor do projeto, deputado estadual Ricardo Arruda, nos últimos anos, observou-se que várias pesquisas eleitorais apresentaram resultados que, não refletem a realidade dos votos. Segundo ele, a disparidade não apenas confunde o eleitor, mas também pode desmotivar a participação cívica e fomentar um clima de descrédito em relação às instituições políticas.

O texto prevê a criação de uma sanção administrativa de multa e cassação da autorização para exercício da atividade para os institutos de pesquisa, que publicarem resultados discrepantes em relação aos resultados oficiais das eleições, considerando uma margem de erro previamente definida. Essas sanções, segundo a matéria, visam promover a responsabilidade entre os institutos, que desempenham um papel fundamental na formação da opinião pública.

 “A divulgação de resultados imprecisos pode distorcer a percepção sobre os candidatos e as eleições, prejudicando o processo democrático. Portanto, ao estabelecer penalidades para a divulgação de pesquisas imprecisas, contribuímos para um ambiente político mais saudável, onde a transparência e a confiança nas instituições são priorizadas”, explicou o autor do projeto.