O destino da dona Rita Cleide Costa, de 54 anos, foi o Hospital Universitário. Ela foi vítima de uma picada de cobra, possivelmente uma jararaca, na mão, e socorrida pelo marido na Colônia Barreiros, na área rural de Cascavel.
O motivo do encaminhamento ao hospital de referência, mesmo sendo uma coisa simples, é o fato de que, em toda área da 10ª Regional de Saúde, que compreende 25 municípios, somente o HU conta com o chamado soro antiofídico, para picada de cobra.
De acordo com a farmacêutica e chefe do Sicne (Seção de Insumos Estratégicos) da 10ª Regional, Katriane Pilatti Mafessoni, o soro para esse tipo de mordida e outros mais ficam estocados no Hospital Universitário. “Não temos um estoque grande deste tipo de material e, por ser o HU um hospital regional e de referência, a orientação é de que o paciente vitima de um incidente como este, seja levado para lá”.
Conforme Katriane, além de não ter muito estoque, os casos registrados pela 10ª Regional são poucos. “Não temos como deixar um estoque em cada hospital e nas unidades de saúde, por exemplo, é preciso ressaltar que a aplicação do soro tem que ser feita em ambiente hospitalar, com acompanhamento médico”.
Plantão
Segundo a farmacêutica, em caso de acidentes, existe um sistema de plantão na Regional de Saúde. “Em cidades um pouco mais distantes, como Quedas do Iguaçu, por exemplo, anteriormente deixávamos um pouco. Porém, agora, caso o paciente necessite, a orientação é de que uma equipe venha buscar o soro. Já nas cidades mais próximas, os socorristas, sejam Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência) ou Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), são orientados para seguir ao Hospital Universitário”.