“O nosso pleito de isolar o Paraná foi reconhecido. Somos um bloco independente. Agora estamos isolados de problemas que possam acontecer na divisa com o Norte e parte do Nordeste que não são livres. Para o Estado é uma segurança, uma garantia. Somos um pedaço independente dentro do Brasil”, afirmou o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara. “Seremos mais agressivos no comércio mundial. Abatemos mais de 10 milhões de suínos por ano e com perspectiva de chegar a 15 milhões em breve”.
O Paraná deve produzir neste ano 950 mil toneladas de suínos, se aproximando cada vez mais de Santa Catarina, maior produtor do País. “A partir desse documento teremos a chancela em maio e formaremos um bloco único. Se acontecer no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, estamos livres dessa questão. Isso nos dá um novo status sanitário. Possivelmente daqui a dois ou três anos seremos o maior produtor do País”, destacou o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins.
O reconhecimento internacional já foi concedido ao Paraná em 2016 pela OIE, mas ainda está pendente a chancela como zona única. Em dezembro de 2019, o Ministério da Agricultura já tinha publicado uma instrução normativa que reconhecia o Paraná como área livre peste suína clássica. A medida foi adotada porque a Zona Livre Específica da qual o Paraná fazia parte estava sob risco iminente de perder esse status sanitário devido ao registro de focos da peste suína em Alagoas, próximo à divisa com o Sergipe.
DOENÇA – A peste suína clássica é uma doença viral e está incluída na lista de notificação obrigatória pela OIE por ser de fácil difusão. Ela acomete somente suínos e não é transmitida para o ser humano. Os sinais clínicos mais comuns são transtornos circulatórios e lesões cutâneas, acompanhadas de conjuntivite em animais adultos e distúrbios neurológicos em suínos jovens. O animal também pode apresentar febre alta, paralisia nas patas traseiras e manchas avermelhadas pelo corpo.