Terra Roxa – Das 17.522 pessoas que moram em Terra Roxa, cerca de 3 mil trabalham diretamente com a Moda Bebê. Considerando os empregos indiretos, o segmento gera renda para mais de 5 mil habitantes. Ou seja, perto de um terço do Município do oeste do Paraná está envolvido com a confecção para crianças de até quatro anos de idade.
O sucesso é tão grande, que garantiu a Terra Roxa o título de Capital Estadual e Nacional da Moda Bebê. São 113 indústrias especializadas na fabricação de roupas infantis que, juntas, produzem 500 mil peças por mês, com um faturamento estimado em R$ 5 milhões.
Para manter o tom, a avenida que concentra uma fatia considerável das fábricas do segmento no Município é pintada de azul, rosa, branco, verde e amarelo, os clássicos da moda bebê desde sempre.
Pioneira no ramo, a empresária Cleunice Gali criou a Sonho Mágico há 26 anos. Trocou uma carreira bem-sucedida em uma instituição financeira de Foz do Iguaçu pelo que chama de aventura entre tip tops, babadores e macacões.
Atualmente emprega 330 pessoas com carteira assinada e outras 300 em modelos distintos de contratação, como os microempreendedores individuais. Produz e comercializa 70 mil peças por mês para quase todos os estados do Brasil, com incursões no exterior em países como Paraguai e Angola, além de conversações iniciais com Uruguai e cantos da Europa.
A ousadia e experiência lhe renderam o posto de presidente do APL (Arranjo Produtivo Local), associação de empresários da cidade que permitiu que as roupas de Terra Roxa ganhassem ainda mais mercado, dentro e fora do País. “É bom poder ver que deu certo, que os produtos são reconhecidos pela qualidade, colocando o que é feito no Paraná no topo”, diz.
A Sonho Mágico serviu de inspiração e logo outras empresas do segmento foram se formando em Terra Roxa como que em progressão geométrica.