O clima irregular provocou perdas pontuais nas regiões oeste e norte do Paraná, na metade sul do Rio Grande do Sul, no sudeste do Mato Grosso e no sudoeste de Goiás. Mas essas questões foram compensadas por chuvas regulares que trouxeram excelente desempenho para Piauí, Tocantins, oeste da Bahia, noroeste de Minas Gerais, médio norte e oeste do Mato Grosso, leste de Goiás, Mato Grosso do Sul e Planalto Gaúcho. “No início da safra, havia apreensão por conta do La Niña, que não se concretizou. A chuva irregular trouxe atraso no plantio. Na sequência, eventos climáticos afetaram áreas de produção importantes. Esse cenário indicava uma safra menor, mas, ao final, tivemos produção e produtividade acima das expectativas”, explica André Pessôa, do Rally da Safra. “Se o clima tivesse repetido o desempenho ou fosse tão regular quanto no ano passado, a safra brasileira de soja teria passado de 120 milhões de toneladas”.
Confirmando o que as equipes do Rally da Safra verificaram no ano passado, as lavouras demonstraram um novo patamar de potencial produtivo. “Os materiais que estão no campo apresentam tetos produtivos muito altos. Quem está investindo em tecnologia tem retorno e acaba se afastando da média dos produtores”, afirma Pessôa.