TECNOLOGIA

Como funcionam os algoritmos das redes sociais

Matematicamente falando, um algoritmo é um sistema lógico que permite a criação de sequências de ações para a resolução de um problema

Redes sociais
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A tecnologia envolvida no funcionamento das redes sociais é realmente algo assustadoramente complexo para quem é leigo no assunto. Como existem “robôs” nos aplicativos que entendem o que cada usuário assiste ou curte e que conseguem recomendar mais conteúdos relativos àquele assunto?

Para alguns, pode parecer mágica ou tecnologia alienígena. A realidade é bem diferente, toda essa complexidade de interação e recomendações das redes sociais acontecem por conta dos algoritmos nos quais foram codificados os programas das redes.

O que é um algoritmo?

Matematicamente falando, um algoritmo é um sistema lógico que permite a criação de sequências de ações para a resolução de um problema ou para a automação de uma tarefa. O primeiro algoritmo moderno foi criado por uma mulher chamada Ada Lovelace, em 1842, na Inglaterra, ao estudar a Máquina Analítica de Charles Babbage; essa máquina é considerada o primeiro computador mecânico-lógico moderno que utilizava cartões perfurados para efetuar cálculos.

Como funcionam os algoritmos nas redes sociais

Muito tempo se passou desde o algoritmo de Ada Lovelace para as soluções modernas, mas uma coisa não se alterou, todos são baseados em lógicas matemáticas para automação de ações. A diferença é que, pela natureza digital dos algoritmos modernos, é possível introduzir mais informações e condições mais complexas para o cálculo.

O cálculo acontece com a classificação de alguns critérios fornecidos pelo usuário. Por exemplo, se o usuário costuma passar mais de X tempo assistindo a vídeos de determinado assunto (devidamente classificados por meio de tags pelos publicadores), o próprio algoritmo vai selecionar outros vídeos de outros criadores com tags iguais ou próximas para alimentar o feed daquele usuário; basicamente, é deste modo como funciona o YouTube.

Já outras redes sociais, como o Instagram, são mais voltadas para a experiência do usuário e vão codificar seu algoritmo para priorizar a sugestão de publicações com base na interação do usuário, por curtidas, compartilhamentos e comentários. O algoritmo, nesse caso, funciona como uma espécie de peneira, com furos de tamanhos diversos, e apenas aquelas publicações compatíveis com esses furos passam para o feed do usuário.

Já o Facebook e o X (antigo Twitter) unem essa métrica usada no exemplo acima, mas com uma organização para montar um feed temporal (com publicações mais recentes no topo da página) e também com um grau maior de liberdade de escolha ativa do usuário sobre assuntos ou pessoas que aquele usuário gostaria, ou não, de ver.

O funcionamento a fundo dos algoritmos de redes sociais é muito mais profundo que os exemplos gerais dados acima, isso porque existem mais nuances como idade do usuário, região, língua de preferência, horário do dia da postagem, assuntos que são quentes apenas no momento ou assuntos perenes, duração das postagens (no caso de vídeos),  frequência de postagens, interação com o público por parte do influenciador, entre outras. Para compreender com maior plenitude o funcionamento desses algoritmos, é preciso mergulhar nos estudos, como em cursos de social media, para utilizar essas nuances a seu favor na hora de uma postagem.

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