Foi lançada neste mês, a 3ª edição do Caderno de Indicadores de Inovação na região oeste do Paraná. Com o objetivo de identificar e compreender o cenário da inovação local, o documento reúne dados divididos em cinco eixos temáticos: cooperação, recursos, educação, empreendedorismo inovador e políticas públicas. O trabalho é publicado desde 2019 e organizado pelo SRI Iguassu Valley e o Programa Oeste em Desenvolvimento em parceria com o Sebrae/PR.
“O Caderno de Indicadores de Inovação é resultado do esforço de muitas mãos. São enviados ofícios, pedido de acesso à informação do Sistema Eletrônico de Informações ao Cidadão e questionários digitais aos atores do ecossistema de inovação. Após o recebimento das respostas, os dados são tratados e tabulados. É um trabalho importante, desafiador e que nos ajuda a balizar as principais ações futuras da inovação regional”, indica o consultor do Sebrae/PR, Alan Debus.
Na edição deste ano, por conta da pandemia, o Caderno ganhou quatro novos indicadores relacionados ao enfrentamento da Covid-19. Neste levantamento, foram contabilizadas 56 ações cooperadas ou projetos, envolvendo impressão 3D; testes, exames e protocolos; equipamentos de proteção individual; plataforma e sistemas de informação; eventos e campanhas; conserto e/ou desenvolvimento de equipamentos; álcool e químicos, dentre outros segmentos.
“Registramos investimentos de mais de R$ 7 milhões para o desenvolvimento dessas inciativas. É um indicador que demonstra a rapidez da região em dar uma resposta para contextos inesperados”, explica Alan.
Os projetos foram desenvolvidos por instituições de ensino, como Unioeste, Unila, PUC-PR, UTFPR, Instituto Federal do Paraná e outras entidades como Biopark, Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Cooperativa Lar, Trekkers Cascavel e Frimesa.
*Temáticas
Desde 2019, quando as pesquisas para o Caderno começaram, a região oeste tem ganhado destaque em diversos pontos. O principal, segundo Alan, é o da cooperação, que tem um crescimento contínuo desde o início dos estudos. Em 2018, por exemplo, havia oficialização de um contrato de transferência de tecnologia. Em 2019, o número subiu para 8 e em 2020, foram registrados 13 projetos.
“Esperamos que com a utilização da Catalisa, plataforma que permite a conexão e colaboração dos ecossistemas de inovação de todo o Brasil e do mundo, as instituições do SRI Iguassu Valley passem a utilizar a ferramenta para divulgar suas oportunidades, demandas e informações. Por essa razão, indicamos que todos os atores da região sejam membros do Catalisa”, instrui Alan.
Notícias Relacionadas
PARTICIPE
Alep e Hemepar fazem ação para incentivar doação de sangue
No próximo dia 3 de dezembro, a Assembleia Legislativa do Paraná, em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), realizará uma importante ação de doação de sangue. Funcionários e colaboradores do Poder Legislativo poderão participar da iniciativa, que busca reforçar a importância desse gesto solidário. O anúncio foi feito pelo presidente […]
BALANÇO
Saúde de Foz ultrapassa marca de 2 milhões de atendimentos em 2024
A Secretaria Municipal de Saúde de Foz do Iguaçu registrou mais de 2 milhões de atendimentos em 2024. O balanço, divulgado nesta segunda-feira (25), detalha que 1,2 milhão ocorreram na saúde básica, 458 mil nos serviços especializados e 278 mil em prontos atendimentos. Os dados abrangem o período de 1º de janeiro a 22 de […]
Na temática Empreendedorismo Inovador, também houve crescimento: o número de empresas graduadas nas incubadoras saltou de zero em 2018 para 18 em 2020. Já no quesito startups, houve crescimento de 522%. Além disso, do total de 193 negócios, 46% deles estão no município de Cascavel, 22% em Foz do Iguaçu e 18% em Toledo, e o público-alvo principal é de B2B (sigla americana que diz respeito a negócios firmados entre empresas), responsável pela receita de 54,4% das startups do oeste.
Na da educação, houve estabilidade no número de propriedades intelectuais depositadas e um aumento contínuo no número de publicações científicas sobre inovação (877 em 2020, 729 em 2019 e 92 em 2018). Outro ponto de destaque é a utilização de metodologias inovadoras de ensino. Das instituições de ensino médio técnico e superior participantes do levantamento, 9 informaram utilizar, pelo menos, um tipo de prática inovadora.
Na temática recursos, embora a região oeste tenha continuado captando recursos do Sebrae/PR, BRDE e Fundação Araucária, por exemplo, houve queda de 43% entre 2019 e 2020 no volume de recursos financeiros para educação, saindo da marca de mais de R$ 61 milhões em 2019 para quase R$ 27 mi em 2020.
No contexto das políticas públicas, houve evolução. O número de empresas beneficiadas por políticas públicas subiu 100% e o valor do benefício obtido pelas empresas quadruplicou – passando de R$ 25 mil para R$ 100 mil.
Os dados que compõem a 3ª edição do Caderno de Indicadores de Inovação do Oeste do Paraná estão disponíveis para conferência pelo site https://plataformasri.pti.org.br/bibliotecas/caderno-de-indicadores/ ou pelo e-mail [email protected].
Agência Estado
