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Oeste chega a 61 casos de coqueluche; 34 são de Cascavel

Oeste chega a 61 casos de coqueluche; 34 são de Cascavel

E os casos de coqueluche não param de crescer no Paraná desde o início do ano. O mais recente boletim divulgado pela Secretaria da Saúde do Paraná, relativo à Semana 43, revela que o número de casos confirmados no Estado chegou a 1000. Foram registrados seis óbitos – dois em Curitiba e um em Londrina e mais três investigados em São José dos Pinhais, Quitandinha e Umuarama.

A capital paranaense, Curitiba, já soma 275 casos. Logo atrás, Londrina, com 132 casos; Ponta Grossa, com 99; Campo Largo, com 46; Pinhais, com 36; Cascavel, com 34; Paranaguá, com 31 casos e São José dos Pinhais, 30. No ranking de casos confirmados no Estado, Cascavel ocupa a sexta colocação. No boletim anterior, da semana 42, a região Oeste contabilizava 53 casos, ou seja, em uma semana, houve um crescimento de 15%. Em âmbito estadual, o número de casos do último boletim era de 874 casos. A faixa etária com a maior predominância de casos é dos 12 aos 19 anos e a maioria é do sexo feminino.

Nos últimos trinta dias, o Paraná registrou um aumento alarmante de 86% nos casos confirmados de coqueluche, saltando de 537 para 1.000 ocorrências. Crianças e adolescentes são os mais afetados por essa doença, refletindo um crescimento significativo de 880% em comparação a julho, quando o Estado tinha apenas 102 casos. Os dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) destacam a urgência de medidas preventivas, enfatizando a importância da vacinação como estratégia fundamental para conter a propagação da doença.

2023 sem óbitos

Em 2023, no mesmo período, o Paraná registrou 11 casos confirmados de coqueluche, sem nenhuma ocorrência de óbito. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, mostram que, em 2019, foram notificados 101 casos da doença. Esse número caiu para 26 em 2020, para nove em 2021, e para apenas cinco em 2022, com uma leve alta no ano passado, quando foram registrados 17 casos.

De acordo com o último boletim semanal sobre a coqueluche, publicado no site da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), dos 1.000 casos confirmados, 353 pertencem à faixa etária de 12 a 19 anos, enquanto 110 são de crianças com menos de um ano. Embora a doença seja mais comum entre esses grupos etários, o aumento de casos entre adultos de 30 a 49 anos também é notável, com 183 registros. Essa distribuição etária ressalta a importância de campanhas de vacinação direcionadas, visando não apenas as crianças, mas também os adultos, para conter a propagação da doença.

Segundo a diretora de Atenção de Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti Lopes, alguns fatores explicam esse aumento. “Existe uma ciclicidade na circulação dessa bactéria. Durante a pandemia houve uma postergação, com poucos casos, mas agora, associado à menor cobertura vacinal e ao aumento da sensibilidade da vigilância epidemiológica e laboratorial, os casos estão mais evidentes”, disse.

A importância da vacina

A coqueluche é uma doença infecciosa que afeta as vias respiratórias, causando crises de tosse seca. Estima-se que uma pessoa com coqueluche pode infectar de 12 a 17 outros indivíduos.

A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar.

Os sintomas inicialmente são parecidos com os de um resfriado, com febre baixa, mal-estar geral, coriza e tosse seca que evoluem para crises de tosse mais intensa.

A vacinação é a melhor forma de prevenção e deve ser realizada nos primeiros meses de vida, aos 2, 4 e 6 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, com a vacina pentavalente. Já a DTP deve ser administrada como reforço aos 15 meses e aos quatro anos. Atualmente as coberturas vacinais estão em 90,40% e 90,43%, respectivamente.

A Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sesa promove várias ações no monitoramento da doença. Existe uma busca ativa de gestantes e puérperas para imunização com dTpa e de crianças para atualização do esquema vacinal.

A recomendação da Sesa é que gestantes e profissionais da saúde também recebam o imunizante. De forma excepcional, trabalhadores de saúde e educação que atuam diretamente com gestantes, puérperas, neonatos e crianças menores de 4 anos devem receber a dose para maior proteção e prevenção.

CASOS CONFIRMADOS NO OESTE

  • Anahy (1)
  • Cafelândia (1)
  • Cascavel (34)
  • Céu Azul (6)
  • Corbélia (1)
  • Jesuítas  (2)
  • Santa Tereza (2)
  • Três Barras  (1)
  • Ubiratã (1)
  • Palotina (1)
  • São Pedro (2)
  • Toledo (4)
  • Foz (2)
  • Matelândia (1)
  • Medianeira (2)
  • TOTAL: 61 Casos