Saúde

“Mosquito à solta”: Cascavel contabiliza novos 119 casos

A maior parte das pessoas que contraíram a doença são da faixa etária de 30 a 39 anos, um total de 18,6%, sem segundo lugar de 40 a 49 anos com 17,15% em terceiro de 50 a 59 anos com 13,72%

Mosquitos de Aedes aegypti são vistos no laboratório da Oxitec em Campinas
Mosquitos de Aedes aegypti são vistos no laboratório da Oxitec em Campinas

 

 

Cascavel – Um novo boletim da dengue que foi divulgado ontem (6) pela Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Cascavel apontou que a cidade mais positivou mais 119 casos de dengue na última semana, passando de 639 para 758 casos confirmados, com mais 1.399 exames aguardando resultado. A cidade ainda não está em epidemia, mas o risco é bastante grande, já que o aumento expressivo de casos ocorreu do começo de março em diante.

De acordo com o relatório a maior parte dos casos está concentrada no Bairro Coqueiral que soma 178 casos, em seguida, o Bairro Cascavel Velho com 78 casos, em terceiro aparece esta semana o Bairro Parque Verde em terceiro lugar com 37 casos seguido do Centro com 36. A maior parte das pessoas que contraíram a doença são da faixa etária de 30 a 39 anos, um total de 18,6%, sem segundo lugar de 40 a 49 anos com 17,15% em terceiro de 50 a 59 anos com 13,72%.

A coordenadora do Controle de Endemias, Ana Paula Barboza, disse que a cidade está bem próxima de uma epidemia e que o Poder público está fazendo a sua parte, trabalhando no combate ao mosquito transmissor, mas que é importante que a população atue no combate efetivo dentro da própria casa. Do total de casos apenas dois são importados, portanto, o problema com o Aedes aegypti é mesmo dentro de Cascavel.

 

Infestação alta

A cidade está com índice alto de infestação do mosquito, média de 5,6%, bem acima do 1% preconizado pela a Organização Mundial da Saúde. Em alguns bairros, o índice é ainda bem maior, chegando a 10,2% na região do Lago Municipal, abrangendo os bairros Nova York e Pacaembu, entre outros. Em segundo lugar, ficou a região do Bairro Santa Felicidade com 8,7%, mesmo índice registrado na região da FAG, Santa Cruz, Paulo Godoy.

Quando um caso é confirmado, o setor realiza o bloqueio com aplicação de inseticida com a bomba costal, em um raio grande que em que caso foi confirmado. Ela explicou que sobre o fumacê mesmo com a grande quantidade de casos ainda não é necessário, e que eles estão tentando dar conta da grande quantidade de locais para fazer o bloqueio, mas encontram dificuldade com o tempo, já que nas últimas semanas tem chovido bastante.

Quem estiver com suspeita da doença é importante ficar atento aos sintomas, já que a dengue pode evoluir e se tornar uma dengue hemorrágica. Os sintomas que são bem característicos da doença, como dores no corpo, fundo dos olhos, febre, diarreia, falta de apetite e manchas vermelhas na pele, mas pacientes que tiverem muita dor abdominal e que sangramento devem procurar atendimento médico de forma rápida porque pode ser sinal de dengue hemorrágica.

 

No Paraná

O Paraná tem 11.678 confirmações verificadas no atual período sazonal da doença, que iniciou no dia 1º de agosto e segue até julho de 2022. Nesta semana, não houve registro de óbito, mas duas pessoas já morreram em decorrência da dengue este ano no Estado, dois homens que residiam em Nova Esperança e Arapongas.