SAÚDE

HUOP anuncia nova licitação para manter as cirurgias eletivas

Saiba mais sobre as cirurgias programadas no HUOP e a nova licitação que garante continuidade ao Centro de Cirurgias - Foto:
Saiba mais sobre as cirurgias programadas no HUOP e a nova licitação que garante continuidade ao Centro de Cirurgias - Foto:

Cascavel e Paraná - Com contrato previsto para terminar no dia primeiro de setembro, o HUOP (Hospital Universitário do Oeste do Paraná) anunciou que já trabalha em uma nova licitação para manter o CCP (Centro de Cirurgias Programadas) por, pelo menos, mais um ano. A instalação que era pleiteada por todos os órgãos de saúde da região foi viabilizada com recursos da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) utilizando o prédio que há anos foi construído para abrigar a Ala de Queimados que nunca saiu do papel.

Na época da pandemia do Covid-19 no local foram instalados vários leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com a doença e depois passou a ser a base do CCP, que começou a funcionar em setembro do ano passado. Como o contrato atual não poderá ser renovado, já que foi firmado em caráter emergencial, o hospital já prepara o edital para uma nova licitação.

De acordo com o diretor do HUOP, Rafael Muniz de Oliveira, a instalação da estrutura foi positiva já que quando foi aberto tinha uma fila de mais de quatro mil pacientes aguardando por uma cirurgia eletiva que acabou sendo zerada. Nos primeiros seis meses, a média era de 400 cirurgias por mês e depois subiu para 560 quando foi colocada a quarta sala para conseguir atender a urgência e a emergência o que aumentou ainda mais o fluxo.“Foram mais de três mil cirurgias realizadas até o começo de junho e até o fim do contrato a gente tem mais cirurgias a serem realizadas, mas como o contrato vai até setembro eles estarão fazendo os procedimentos até este prazo”, explicou Muniz.

Mais especialidades

Uma das novidades anunciadas por Muniz é que neste novo contrato terão especialidades que não estavam previstas no primeiro contrato, como cirurgias de ginecologia ou de otorrinolaringologia. “Não podemos renovar o contrato com a mesma empresa e quem vai ganhar é que a fizer o menor preço. A intenção é de continuar produzindo esse mesmo número de cirurgias em torno de até 600 cirurgias por mês”, relatou.

Muniz disse ainda que nestes meses de contrato teve uma redução de uma grande fila de espera para a colocação de próteses, em que pacientes aguardavam por mais de ano. “A gente não vai conseguir zerar essa fila de cirurgia eletiva nunca, porque diariamente entram pacientes na fila e a gente não consegue dar vazão total, mas queremos reduzir o tempo de espera, que é o justo com o cidadão. Por exemplo, ao invés de ele esperar um ano pra realizar uma cirurgia de uma retirada de vesícula, ele espera dois meses, é um tempo adequado”, falou.

Por especialidade

Somente no mês passado, foram feitas 536 cirurgias, sendo que deste total foram 97 de urologia, 105 de cirurgia geral, 318 de ortopedia, 12 vasculares e 64 de urgência, estas últimas como suporte ao pronto-socorro. O HUOP tem ao todo 368 leitos, atendendo a um público de mais de dois milhões de pacientes de 90 municípios da macrorregião Oeste. Atualmente o serviço é prestado pela CIS (Centro Integrado de Saúde) que venceu o processo licitatório, com contrato de R$ 33.651.611,40, conforme o número de pacientes atendidos. O valor unitário de cada procedimento varia de R$ 3.128,22 a R$ 17.569,63. Além das eletivas, estava previsto outros de mil procedimentos de cirurgias de urgência e de emergência para aliviar o pronto-socorro, com valor previsto de R$ 5.399.170,00. O PS conta com 33 leitos, espaço que sempre está superlotado.

Desde março foi implantado um novo fluxo de atendimento com a instalação da quarta sala, no qual o paciente é levado diretamente para o ambulatório de traumas do HUOP e dali, sai com o agendamento da cirurgia, não fica no hospital, aguarda em casa o dia já marcado para fazer o procedimento. Além disso, a empresa abriu um ambulatório no centro da cidade para atendimento aos pacientes, mas as cirurgias ocorrem no CCP.

No Paraná


Nesta quarta-feira (23) a Sesa anunciou que o Estado realiza cerca de 2,1 mil cirurgias por
dia, o equivalente a 87,5 por hora. O dado foi apresentado durante a 4a Reunião Ordinária
da Comissão Intergestores Bipartite de 2025, realizada em Curitiba e que reuniu secretários
municipais de Saúde de todas as regiões do Estado.


Entre 2021 e 2024, o número de procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no
Paraná saltou de 331.787 para 2.079.521, um crescimento de 526%.
O programa passou por duas fases importantes: a primeira com aporte de R$ 150 milhões,
resultando em aumento de 47% no número de cirurgias de 2021 para 2022; e a segunda,
com R$ 450,6 milhões, garantindo crescimento adicional de 20% entre 2022 e 2023.