Saúde

Hospital Universitário do Oeste realiza cirurgia de reconstrução de crânio com molde 3D

Procedimento é inédito em um hospital público da região e resulta de parceria com a startup Segmenta Biomodelos, de Toledo. Expectativa é poder ajudar cada vez mais pessoas que sobrevivem a traumas ou tumores

O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) realizou, pela primeira vez, uma cirurgia de reconstrução de crânio com um molde 3D. O procedimento, inédito em um hospital público da região, foi possível graças a uma parceria da instituição com a startup Segmenta Biomodelos da cidade de Toledo.  -  Curitiba, 04/10/2021  -  Foto: HUOP
O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) realizou, pela primeira vez, uma cirurgia de reconstrução de crânio com um molde 3D. O procedimento, inédito em um hospital público da região, foi possível graças a uma parceria da instituição com a startup Segmenta Biomodelos da cidade de Toledo. - Curitiba, 04/10/2021 - Foto: HUOP

O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) realizou, pela primeira vez, uma cirurgia de reconstrução de crânio com um molde 3D. O procedimento, inédito em um hospital público da região, foi possível graças a uma parceria da instituição com a startup Segmenta Biomodelos, de Toledo. O Huop é vinculado à Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

A tecnologia utilizada consiste em um molde com baixo custo, que visa atender as demandas do Sistema Público de Saúde. Não existe banco de ossos na região que possam auxiliar nesse tipo de cirurgia. No procedimento foi necessário um planejamento cirúrgico para definição da assimetria do crânio. “Essa cirurgia não teria a mesma qualidade final sem o molde, pois o contorno seria feito à mão livre, e quando as falhas são grandes no crânio é difícil ter uma assimetria e precisão tão boas”, explica o neurocirurgião do Huop, Marcius Benigno Marques dos Santos.

BENEFÍCIOS – Para o especialista em Engenharia Biomédica e responsável pela startup, Eduardo Garcia, a parceria trará grandes benefícios para o Estado. “Esse é apenas o início. A tecnologia vem para ajudar muito em cirurgias como essas, e a expectativa é que possamos ajudar cada vez mais pessoas que sobrevivem a traumas ou tumores”, afirma Garcia.

O paciente, que aguardava desde 2012 a cirurgia, agora poderá retomar a rotina com normalidade. Antes da colocação do molde, foi necessário separar a espessura da pele da membrana que cobre o cérebro, para que então o molde pudesse ser encaixado.

OUTRAS ESPECIALIDADES – Márcio Benigno destaca que essas reconstruções são realizadas ao menos uma vez ao mês no Huop. “É uma cirurgia realizada com bastante frequência e com toda certeza, essa tecnologia é muito importante para que possamos ter resultados cada vez melhores. E não apenas na neurocirurgia, mas um molde 3D pode ser utilizado outras especialidades também”, explica Marcius.

A parceria foi possível através de outro projeto de residência em Neurocirurgia do Huop, realizado pelo médico Álvaro Moreira da Luz e orientado por Marcius Benigno Marques dos Santos, que apresentou o trabalho de aplicabilidade do molde 3D.