Paraná - A Frente Parlamentar das Engenharias e Infraestrutura da Assembleia Legislativa do Paraná realiza, na próxima segunda-feira (24), uma audiência pública com o tema: “Primeiro Ano dos Pedágios: Resultados, Desdobramentos e Perspectivas”.
Ainda assim, o objetivo do encontro é reunir autoridades, representantes das concessionárias, órgãos fiscalizadores e a sociedade civil organizada para que seja apresentada uma espécie de prestação de contas sobre os lotes 1 e 2 da nova concessão das rodovias do Paraná, que completam um ano de cobrança no mês de março. “O nosso trabalho, como Legislativo, é fiscalizar para impedir que obras fiquem inacabadas como foram no passado”, pontuou o deputado Fabio Oliveira, coordenador da Frente Parlamentar.
Participam do debate representantes do setor produtivo, como Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), Fetranspar, Ocepar, ACP, Faciap, Faep, Fecomércio, e de entidades de classe, como o CREA-PR e o Instituto de Engenharia do Paraná.
Além disso, as concessionárias EPR Litoral Pioneiro, Via Araucária e CCR – que irá assumir o lote 6 – vão apresentar relatórios e os planos futuros. A audiência ainda terá a presença dos órgãos federal e estadual, ANTT, DER e Secretaria de Infraestrutura e Logística, além de representantes do Grupo BR-277.
Pedágio no Oeste
Nos próximos meses as estradas da região Oeste do Paraná deverão passar a ter cobrança de pedágio na BR-277. A concessionária EPR deu início às obras de adequação das praças de pedágio na região, preparando a infraestrutura para a retomada das cobranças. As intervenções já ocorrem em São Miguel do Iguaçu, Céu Azul e Cascavel, com melhorias na sinalização, iluminação e instalação de novos equipamentos. O objetivo é garantir segurança viária e modernização dos serviços oferecidos aos motoristas.
Cobrança
Entretanto, o Lote 6, que abrange 662,1 km de rodovias, foi concedido à EPR após leilão na Bolsa de Valores de São Paulo. A expectativa é que o contrato seja assinado até abril. Somente após essa etapa, a concessionária poderá cumprir as exigências regulatórias, incluindo fiscalizações e vistorias técnicas, antes de iniciar a cobrança do pedágio.
Os investimentos previstos para o trecho chegam a R$ 12,67 bilhões em obras e R$ 7,44 bilhões em manutenção ao longo dos 30 anos de concessão. Entre as melhorias estão a duplicação de 462,5 km de rodovias, construção de contornos urbanos, passarelas e pontos de parada para caminhoneiros.
Por fim, apesar do compromisso de oferecer tarifas menores do que as praticadas anteriormente, setores produtivos e a população manifestam preocupação com os valores. O deságio de apenas 0,08% no leilão foi visto como um fator que pode manter os preços elevados.