POLÍTICA

Lixo e transporte: Licitações ‘batem na trave’ com Paranhos e Renato

Cascavel está presa em uma novela de irregularidades. Conheça os dramas que envolvem a administração e a coleta de lixo - Foto: Secom
Cascavel está presa em uma novela de irregularidades. Conheça os dramas que envolvem a administração e a coleta de lixo - Foto: Secom

Cascavel e Paraná - A cidade de Cascavel parece viver presa em uma novela sem fim e com roteiro digno de reprise. Após 8 anos sob a batuta do ex-prefeito Leonaldo Paranhos (PL), o município continua encalhado nos mesmos dramas: licitações emperradas para serviços essenciais como coleta de lixo e transporte público. O atual prefeito, Renato Silva (PL), que foi vice de Paranhos, herdou não só a cadeira do Executivo, mas também o enredo mal escrito, cheio de falhas de planejamento, capítulos judiciais e reviravoltas administrativas que impedem qualquer avanço nas duas licitações.

Afinal, os gestores prometem soluções e licitações que, misteriosamente, sempre acabam atoladas em irregularidades e bloqueios legais.

No improviso…

Dois protagonistas dessa trama são os já célebres “contrato do lixo” e a novela do transporte coletivo. Desde 2016, ambos foram prometidos como ‘grandes marcos’ da gestão Paranhos, que saiu de cena sem entregar sequer um roteiro coerente para suas licitações. Resultado? Deixou para o sucessor o papel ingrato “resolver” os dois contratos.

No caso do lixo, o Tribunal de Contas do Estado já suspendeu diversas tentativas de licitação, apontando o óbvio: falta de planejamento. A última tentativa, uma contratação emergencial de R$ 71 milhões, também foi barrada. E, mais uma vez, a administração corre para garantir à população que o serviço não será interrompido… embora falte explicar como, com o quê e até quando.

Transporte

Já no transporte público, a direção segue na mesma pista esburacada. Desde 2021, as tentativas de licitação acumulam impugnações, suspensões e prorrogações. Os contratos provisórios com as empresas Pioneira e Viação Capital do Oeste, que deveriam durar meses, já somam cinco prorrogações. O resultado? Ônibus velhos e usuários reclamando, enquanto a Prefeitura afirma que a nova e definitiva licitação “está chegando”.

Má sorte?

Diante de tantos atos frustrados, fica a dúvida: estamos diante de uma impressionante falta de competência ou de uma maré interminável de má sorte? Porque, convenhamos, prometer licitações por quase uma década e terminar com contratos emergenciais milionários e judicializações em série é uma façanha.

E quem paga essa bilheteria toda? O contribuinte cascavelense, claro. Entre ônibus novos que rodam em condições precárias e contratos milionários assinados às pressas, a cidade vai acumulando dívidas — e frustrações. No fim das contas, sobra apenas uma pergunta: quem é mesmo o verdadeiro “incompetente” nessa história?