A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu por 2 votos a 1, conceder liberdade nessa quinta-feira (4), ao ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB). A reportagem é da Gazeta do Povo.
Beto Richa foi preso preventivamente no último dia 19 de março, no âmbito da Operação Quadro Negro, e levado ao Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região de Curitiba. A defesa entrou com um pedido de habeas corpus logo em seguida, mas, em 21 de março, o juiz substituto de segundo grau Mauro Bley Pereira Junior negou a soltura, de forma liminar. Agora, nesta quinta-feira (4), se analisava o mérito do habeas corpus.
Nesta quinta-feira (4), o relator do caso, o desembargador José Maurício Pinto de Almeida, votou contra o pedido de liberdade. A leitura do seu voto durou cerca de uma hora e meia. Dois pontos foram enfatizados pelo relator, ao justificar a necessidade da detenção: Beto Richa mantém influência política e econômica, mesmo após o fim do mandato eletivo, e as investigações da Operação Quadro Negro ainda estão em andamento. O procurador de Justiça Armando Antonio Sobreiro Neto, em seu parecer, também havia opinado por rejeitar o HC.
Mas os outros dois desembargadores do colegiado – Francisco Pinto Rabello Filho e José Carlos Dalacqua – não seguiram o voto do relator.
Na Operação Quadro Negro, o tucano responde pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva, prorrogação indevida de contrato de licitação e obstrução de justiça.”